O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (19/12) que uma recente estratégia de comunicação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, evidencia mais suas habilidades como ator do que a realidade militar no front. A declaração foi feita durante a tradicional coletiva de imprensa de fim de ano do líder russo.
Putin comentou um vídeo divulgado por Zelensky ao lado de uma estrutura que marca a entrada da cidade de Kupyansk, na região de Kharkiv. A gravação teria como objetivo contestar relatos do Exército russo de que a cidade estaria sob controle total das forças de Moscou.
“Ele é um artista, um artista talentoso, e digo isso sem ironia”, disse Putin, em referência ao passado de Zelensky como comediante e ator.
Segundo o líder do Kremlin, a encenação não altera a situação no campo de batalha.
Durante a fala, Putin mencionou especulações que circularam nas redes sociais indicando que o vídeo poderia ter sido gravado semanas antes, com base em supostas inconsistências entre o local mostrado por Zelensky e imagens posteriores feitas por influenciadores ucranianos. O presidente russo afirmou que não confirmaria nem negaria a autenticidade da gravação, classificando o debate como irrelevante.
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Vladimir Putin
Vladimir Putin faz visita ao posto de comando da Força Conjunta
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O presidente russo, Vladimir Putin, discursou durante uma reunião no Tajiquistão
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“Por que ficar na porta? Entre na casa, se Kupyansk está sob o controle deles?”, questionou.
Putin acrescentou que a área ao redor de Kupyansk estaria fortemente monitorada por drones de reconhecimento e ataque utilizados por ambos os lados, o que tornaria a aproximação da cidade extremamente difícil. Segundo ele, as forças russas mantêm a iniciativa no conflito e continuam avançando.
O presidente russo também afirmou que as tropas ucranianas estariam em desvantagem estratégica, sem reservas suficientes, após tentativas consideradas custosas de conter o avanço russo. Ao final, Putin declarou esperar que o cenário militar pressione Kiev a buscar uma solução negociada. “Este é um elemento significativo que espero que incentive o regime de Kiev a resolver as diferenças e pôr fim a este conflito por meios pacíficos”, concluiu.
