O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quarta-feira (17/12) que não pretende abrir mão das exigências territoriais impostas à Ucrânia, mesmo diante da crescente pressão por um acordo de paz, liderada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Durante um discurso combativo na reunião anual do Ministério da Defesa russo, Putin afirmou que Moscou seguirá buscando uma solução diplomática, mas deixou claro que recorrerá à força militar caso Kiev e seus aliados se recusem a aceitar as condições russas. O principal impasse segue sendo a exigência de que a Ucrânia ceda territórios atualmente ocupados por tropas russas.
“Preferimos eliminar as causas profundas do conflito por meio da diplomacia”, disse Putin. “Mas, se o país adversário e seus aliados estrangeiros se recusarem a participar de discussões substanciais, a Rússia conquistará a libertação de seus territórios históricos por meios militares”, acrescentou.
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- A declaração ocorre em meio a esforços diplomáticos intensificados envolvendo Estados Unidos e países europeus, que tentam avançar em um cessar-fogo.
- Volodymyr Zelensky, afirmou que Kiev precisa ter “absoluta certeza” sobre quais garantias de segurança serão oferecidas por seus aliados antes de aceitar qualquer definição de linha de frente em um eventual acordo de paz com a Rússia.
- Autoridades norte-americanas relataram otimismo, e afirmaram que até “90%” dos pontos teriam sido encaminhados.
- Zelensky, afirmou que o país abriu mão da intenção de ingressar na Otan em troca de garantias de segurança do Ocidente.
As negociações, no entanto, seguem travadas por divergências centrais, como a questão territorial e as garantias de segurança para a Ucrânia, que expõem prioridades conflitantes entre Kiev, Moscou, Washington e a União Europeia.
Na segunda-feira (15/12), Volodymyr Zelensky, reiterou que a Ucrânia não reconhecerá como russas as áreas temporariamente ocupadas de Donbas. Em pronunciamento na noite de quarta-feira, ele reagiu de forma indireta às falas de Putin sobre “terras históricas”.
“Existem outros países na Europa que alguém na Rússia poderá um dia chamar de ‘terras históricas’”, alertou Zelensky. “Precisamos de proteção real contra essa história de loucura russa.”







