A presidente do México, Claudia Sheinbaum, apelou, nesta quarta-feira (17/12), para que a Organização das Nações Unidas (ONU) impeça o “derramamento de sangue” na Venezuela. A declaração acontece em meio à escalada do conflito entre a Venezuela e os Estados Unidos.
Na noite dessa terça-feira (16/12), as tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos ganharam um novo capítulo, quando o presidente Donald Trump proibiu a entrada e a saída de navios petroleiros do território venezuelano.
Ele ordenou bloqueio aéreo e naval contra a Venezuela. Todos os aviões e navios sancionados pelos Estados Unidos que entrem ou saiam do território venezuelano transportando petróleo estão bloqueados.
A presidente do México reiterou a posição do país que, seguindo a Constituição, defende a “não intervenção, a não ingerência estrangeira, a autodeterminação dos povos e a solução pacífica das controvérsias”.
“Fazemos um apelo para que qualquer controvérsia internacional seja resolvida por meio do diálogo e da paz, e não pela intervenção. A posição do México deve ser sempre: não à intervenção, não à invasão e solução pacífica dos conflitos. Além disso, fazemos um apelo à Organização das Nações Unidas para que assuma o seu papel, porque até agora não se viu isso, a fim de evitar um derramamento de sangue desnecessário”, destacou Claudia.
A nova decisão de Trump se soma a outro bloqueio unilateral dos EUA contra a Venezuela. No fim de novembro, o presidente norte-americano anunciou o fechamento do espaço aéreo do país liderado por Maduro, em meio à escalada militar na América Latina e no Caribe.
Atualmente, os EUA realizam a Operação Lança do Sul na região, cujo objetivo declarado é combater o tráfico de drogas.


