O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), analisou os possíveis cenários para as eleições presidenciais de 2026 durante evento promovido pelo Brazil Journal e PlatôBR na última semana. Motta afirmou que, se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) puder disputar, ele será um dos principais protagonistas da corrida presidencial. “Se ele puder, não vai abrir mão de ser candidato”, declarou o parlamentar
Atualmente, Bolsonaro enfrenta inelegibilidade devido a condenações por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. No entanto, há discussões sobre a possibilidade de revisão da Lei da Ficha Limpa, que estabelece um período de inelegibilidade de oito anos. Motta considera esse prazo longo e sugere que poderia ser reduzido para dois anos, o que beneficiaria políticos afetados pela legislação vigente.
Em relação ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Motta acredita que ele deve concorrer à reeleição em 2026, em vez de disputar a presidência. “Ele é um governador muito preparado que com certeza deverá concorrer à Presidência da República, só não garanto que será em 2026”, afirmou.
Motta também comentou sobre a vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, destacando que isso trouxe “euforia” à direita brasileira para as próximas eleições. Ele evitou responder diretamente se o resultado fortalece o movimento pela anistia de Bolsonaro, mas ressaltou que as pautas da direita no mundo “são conectadas”.
O deputado também abordou a questão do impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que não está no horizonte do Congresso Nacional pautar um pedido de impeachment por suposta pedalada fiscal no programa Pé-de-Meia. “Não está nosso horizonte movimentos de trazer instabilidade ao País”, disse Motta.
Com essas declarações, Hugo Motta delineia um cenário eleitoral polarizado para 2026, com a presença de figuras como Lula e Bolsonaro dominando a disputa, enquanto alternativas menos polarizadas teriam força para protagonizarem a disputa presidencial somente em 2030.
Redação com informações do Poder 360