O governo federal confirmou nesta segunda-feira, 5, a nomeação de Márcia Lopes (PT-PR) como a nova titular do Ministério das Mulheres. Segundo o Planalto, a nomeação da nova ministra e a exoneração de Cida Gonçalves serão publicadas ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.
Márcia Lopes foi ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no final do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. Ela atuava como secretária-executiva (“número dois”) do ministério e comandou a pasta por cerca de nove meses, assumindo o cargo após a renúncia do então titular, Patrus Ananias (PT-MG), para disputar as eleições.
A nova ministra tem mais de quatro décadas de filiação ao PT e é irmã do ex-ministro Gilberto Carvalho, um dos fundadores do partido. Antes de chefiar o ministério anterior e assumir o posto atual, Márcia foi vereadora de Londrina, no Paraná, sua cidade natal. Ela assume com a missão de impulsionar as pautas petistas de combate à violência doméstica, ao feminicídio e à desigualdade salarial entre homens e mulheres que ganharam pouca expressividade nos últimos dois anos e meio de mandato.
A demissão de Cida Gonçalves já era dada como certa nos últimos meses, em meio às denúncias de assédio moral dentro do Ministério das Mulheres, e ganhou força depois que a ministra (agora demissionária) protagonizou atritos com colegas e com o próprio Lula.
Nem a primeira-dama, Janja da Silva, passou ilesa pelas críticas de Cida Gonçalves. Em fevereiro deste ano, durante depoimento à Comissão de Ética da Presidência da República, a ministra se queixou de ter que interromper constantemente sua agenda oficial para atender à esposa do presidente — na mesma ocasião, revelou que costumava ignorar os chamados dos ministros Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Alexandre Padilha (então na Secretaria de Relações Institucionais, hoje à frente da Saúde).
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