A Paraíba é o estado brasileiro com o maior prejuízo público causado por desastres ambientais na última década. O estado acumulou R$ 26,8 bilhões em perdas entre 2015 e 2024, de acordo com levantamento da Codex, empresa especializada em governança de dados e mudanças climáticas, com base em registros da Plataforma Nacional de Informações de Desastres (S2iD), sistema oficial do Governo Federal.
O valor corresponde a quase metade dos R$ 61 bilhões em danos públicos registrados em todo o país no mesmo período. A Plataforma Nacional de Informações de Desastres (S2iD), base de dados utilizada no levantamento, é o sistema oficial do Governo Federal que reúne registros de emergências e desastres reconhecidos em todo o país.
Os prejuízos referem-se exclusivamente a danos nas seguintes áreas e serviços sob responsabilidade do poder público: segurança pública, ensino, transportes, telecomunicações, distribuição de energia, sistema de saneamento, abastecimento de água e saúde pública. Durante o período analisado, o estado paraibano somou 2.914 emergências.
Além da Paraíba, outros cinco estados nordestinos estão entre os dez com maiores prejuízos: Pernambuco, com R$ 4,8 bilhões em prejuízos e 1.973 emergências; Ceará, com R$ 3,2 bilhões e 1.269 emergências; Rio Grande do Norte, com R$ 1,6 bilhão 1.832 emergências; Bahia, com R$ 1,2 bilhão e 2.501 emergências; e Alagoas, com R$ 944 milhões e 620 emergências.
O levantamento aponta ainda que a estiagem foi o tipo de evento climático mais impactante no período no país, gerando R$ 34 bilhões em danos públicos. Em seguida aparecem as inundações (R$ 11,2 bilhões) e as chuvas intensas (R$ 8,3 bilhões).
Também foram contabilizados prejuízos relacionados à seca (R$ 5,1 bilhões), tempestades (R$ 1,3 bilhão), incêndios (R$ 73,7 milhões) e deslizamentos (R$ 59 milhões).
Estados com mais prejuízos
- Paraíba (PB) – R$ 26,8 bilhões
- São Paulo (SP) – R$ 11,0 bilhões
- Pernambuco (PE) – R$ 4,8 bilhões
- Minas Gerais (MG) – R$ 4,2 bilhões
- Ceará (CE) – R$ 3,2 bilhões
- Rio Grande do Sul (RS) – R$ 2,0 bilhões
- Rio Grande do Norte (RN) – R$ 1,6 bilhão
- Bahia (BA) – R$ 1,2 bilhão
- Mato Grosso do Sul (MS) – R$ 1,1 bilhão
- Alagoas (AL) – R$ 944 milhões