Nessa segunda-feira (13), Lula começou a exonerar indicações feitas pelo Centrão. A ação é uma resposta direta à derrubada da medida provisória que substituiria o aumento do IOF.
As demissões atingem cargos estratégicos do segundo escalão e envolvem, aliados de peso como o presidente do PP, Ciro Nogueira, e deputados do PSD, cujo é presidido por Gilberto Kassab. Os cortes foram executados em órgãos como a Caixa Econômica Federal, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Internacional (Iphan), a Companhia dos Vales do Rio São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e superintendências vinculadas ao Ministério da Agricultura.
Apesar das mudanças, a presidência da Caixa, ocupada por Arthur Lira, será mantida. A articulação para as demissões partiu da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que levou a proposta diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A movimentação sinaliza um endurecimento do governo na relação com o Congresso e, especialmente, com os partidos que integram a base, mas que têm adotado posturas independentes em votações consideradas estratégicas pelo Planalto.