O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), defendeu, nesta segunda-feira (18), em entrevista ao Programa Hora H, na TV Norte Paraíba, a construção de uma chapa única da oposição para as eleições de 2026. Para Bruno, tanto Pedro Cunha Lima (PSD) quanto Efraim Filho (União Brasil) são nomes viáveis, e ele se sente “contemplado” com a candidatura de qualquer um dos dois.
“Apesar de termos grandes nomes e bons nomes, há uma coisa que não existe no nosso time: vaidade (…) a priori, deveríamos sair todos juntos. Só há dois candidatos postos aí, Efraim e Pedro. A priori, eu acredito que, a preço de hoje, na análise que faço, a construção de uma chapa única seria o melhor e me sinto absolutamente contemplado com a candidatura de qualquer um dos nomes”, disse Bruno.
Durante a entrevista, Bruno Cunha Lima foi questionado sobre possíveis candidaturas e articulações políticas próprias para 2026. O político não descartou estar presente, mas frisou que sua prioridade continua sendo a consolidação do legado administrativo em Campina Grande.
“Não está na prioridade, mas nós fazemos parte de um time. Existe um compromisso nosso de apoio mútuo. Então, não faz parte da minha prioridade agora. Estou consolidando um legado administrativo importante, então não fico estimulando isso. No entanto, nós fazemos parte de um time, e aí, quando o time sentar à mesa para fazer a escalação, é óbvio que todos terminam fazendo parte desse processo”, relatou.
Questionado sobre a possível presença do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), no bloco da oposição, Bruno revelou que o grupo “não vai esperar” pelo gestor.
“No caso de Cícero, se ele entender aquilo que tantos outros já conseguiram entender, que não há espaço para ele onde ele está, e porventura, entender que deve sentar à mesa conosco para discutir, dialogar Paraíba, obviamente ele será muito bem-vindo a sentar à mesa. Mas nós não estamos esperando. O primeiro gesto tem que ser dele, nós não estamos esperando. Nós temos nomes, grandes nomes, nomes para disputar, ganhar e governar”, afirmou.
O gestor recebeu, na tarde desta segunda-feira (18), o título de cidadão de João Pessoa. De autoria do vereador Milanez Neto (MDB), a honraria foi entregue durante solenidade na Câmara Municipal da Capital.
“Não posso deixar de reconhecer a gratidão que eu tenho no coração e que tive, sobretudo aprendi a ter esse carinho, essa gratidão a João Pessoa pela forma com que a cidade me recebeu. Então, eu interpretei isso como uma homenagem, não a mim, mas à minha história, a quem veio antes, a quem me antecedeu (…) Por outro lado, é um compromisso, é um título não só de cidadania, é um título executivo que a cidade passa a ter para me cobrar, de onde eu estiver, o que eu estiver fazendo na minha vida pública ou na minha vida particular, também carregando um pouquinho dessa responsabilidade de ser filho”, concluiu.
Bruno ainda falou sobre a relação entre Campina Grande e João Pessoa, negando rivalidade entre a capital e o interior. “A Paraíba vai ser grande quando João Pessoa crescer ainda mais, quando Campina crescer ainda mais, e quando o interior se fortalecer de forma geral”, destacou.
O gestor ainda avaliou algumas polêmicas de seu primeiro mandato, citando a entrada de vereadores de oposição na Câmara Municipal, e reforçou que, em gestão pública, nem sempre é possível agradar a todos. “Você precisa escolher a quem vai agradar. Nem todo mundo sabe ouvir ‘não’, especialmente quando mexe com vaidade ou interesse” , finalizou.
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