“Levamos artistas, jornalistas, padres, babalorixás, filósofos. Para que vejam que o povo da Amazônia é um povo de fé, amor, solidariedade, de mistura.”
Fafá lembra que começou cantando músicas do Pará e da Amazônia quando ainda se via pouca valorização da região. “Gravei carimbó há 50 anos, quando só o Mestre Pinduca tinha feito isso. Cantei a Amazônia antes de ela virar moda.”
Além da música, ela carrega uma longa história de engajamento político e social. Participou ativamente das Diretas Já, esteve ao lado de Tancredo Neves e nunca se esquivou da luta por democracia – mesmo pagando o preço por isso. “Ver esse povo voltar a se respeitar como cidadão é o que me move. O Brasil é uma democracia jovem, que tropeça, mas se reconstrói.