Todo final de ano, como tradição, faço um sorteio de presentes na minha empresa, a Fhits. Nos unimos em torno de drinks e petiscos enquanto eu vou sorteando lembranças, descrevendo-as como a “última bolacha do pacote” e “você não poderia viver sem” e brincando com cada um que vem recebê-las. A ideia é que a vida traz o que a vida traz e temos que lidar com isso da melhor forma.

Tem quem não goste de praia e ganhe guarda-sol, tem quem adore velas aromáticas e, como dizem: “Bingo!”, a vela se ma-nifesta. A curadoria desses presentes é feita cuidadosamente ao longo do ano por uma equipe que, junto comigo, vai atenta ao mundo, escolhendo “o que vai para o nosso amigo-secreto”.
Temos desde brindes de empresas, entre toalhas, panelas e canecas, até peças que durante o ano nos deparamos nas lojas e que parecem ser imperdíveis para o momento do nosso Natal. Pensamos em quem gosta de massa quando encontramos em uma loja o maior macarrão do Brasil, pensamos em quem ama sapatos quando avistamos em uma vitrine um modelo único que merecia ir para o Natal e por aí vamos até completar o quadro de “presentes”.
Tem de tudo um pouco e tem hi-low para a brincadeira ficar o mais divertida possível. Nada é igual para todo mundo, a vida não é assim. Tivemos anos de vacas magras e anos de vacas gordinhas e, assim, todos que entram na empresa já sabem que o Natal Fhits é algo fora do padrão.
Este ano tivemos também uma novidade, a sessão de perfumes e ontem, ao chegar em casa, tive de escrever essa crônica, pois meu mundo se expandiu! Claro que já li muitas pesquisas sobre a paixão do mundo e em especial a paixão do Brasil por perfumes e como somos os mais cheirosos do mundo!
“Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. Desejo a todos um 2026 de alma perfumada!”
Alice Ferraz
De sabonetes aos óleos de banho, somos campeões do bom cheiro. Mas, na minha cabeça, cada um tinha seu perfume predileto e seguia comprando e gostando dele, até trocar de tempos em tempos.
Estava errada! Pegando nosso grupo como amostra, o que percebi é que perfume novo é um convite ao sonho de algo novo!
A Sandra do RH usava um perfume há 10 anos, mas ao se deparar com um Cartier ficou radiante! “Tem um tom amadeirado, suave, é ele!”
A Graça, que há 20 anos está cuidando de mim, só usa o Chance da Chanel. Mas, ao ver a caixa do novo Valentino, abriu um sorriso e disse: “Vou usar nos dias quentes um e nos frios o outro”. É meu!
Flávio ganhou um Prada e não quis trocar com ninguém, mesmo com propostas à altura.
E assim os 5 perfumes sorteados ganharam novos donos cheios de entusiasmo. Perfumes abertos na hora e borrifados nos amigos que curiosos cheiravam e aprovavam cheios de empolgação e vontade de terem sido os escolhidos pela vida. O cheiro como símbolo sensorial de possíveis e melhores futuros.
Carlos Drummond de Andrade já sabia de tudo isso que demorei a perceber. Que buscamos todos ter “almas perfumadas”, como disse em seu poema: “Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri”.
E como agora volto por aqui só ano que vem, desejo a todos os meus leitores um 2026 de alma perfumada!


