
Wagner Moura em O Agente Secreto, destaque do cinema nacional em
2025 Foto: Divulgação Petrobras
30 anos de casamento são bodas de pérola. Um símbolo de algo raro, resistente e construído ao longo do tempo — o que ajuda a traduzir a relação entre a Petrobras e o cinema brasileiro. São três décadas em que o patrocínio, o diálogo com o setor e o compromisso com a cultura se transformaram em parceria sólida e contínua, renovada a cada projeto.
Essa relação começa em 1995, quando o filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, dirigido por Carla Camurati, chegava às salas de cinema e marcava a retomada da produção cinematográfica nacional. “O Carlota despertou uma paixão na Petrobras. A partir do sucesso do filme, a empresa começa a investir direto no cinema. Foi um movimento lindo. A Petrobras entendeu a importância e a potência que um filme pode ter”, disse Carla Camurati.
De acordo com a Gerente de Patrocínios da Petrobras, Alessandra Teixeira, a empresa tem “uma compreensão aprofundada da importância do cinema, e da cultura de forma geral, para o País – e do desenvolvimento que o cinema gera e como ele pode ser potencializado com o apoio da Petrobras”.
Nos últimos 30 anos, a Petrobras adotou um olhar estruturante para o cinema brasileiro. Mais de 600 filmes receberam patrocínio da empresa, da produção e distribuição de longas à restauração de clássicos de nomes como Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade e Nelson Pereira dos Santos. Além das obras, a presença da marca se espalha por projetos que apoiam a cadeia como um todo – festivais, salas de cinema, iniciativas de formação, escolas, mostras e curtas – fortalecendo não apenas títulos, mas o ecossistema do audiovisual no país.
Carlota, que foi o longa que deu o pontapé inicial na relação da Petrobras com o cinema brasileiro foi relançado no último mês de agosto, ganhando versão remasterizada em 4K, novamente com apoio da Petrobras. Mas, nas últimas 3 décadas, a empresa esteve junto de marcos da nossa cinematografia – patrocinando filmes como Bicho de 7 Cabeças (2001), Cidade de Deus (2002), Lisbela e o Prisioneiro (2003), Tropa de Elite (2007), O Som Ao Redor (2009), Bacurau (2019) e, mais recentemente, O Agente Secreto, destaque em festivais internacionais, e muitos outros.
A curadoria dos projetos financiados segue um processo estabelecido de forma estratégica pela empresa: “As seleções públicas são a entrada prioritária de projetos culturais e da maioria dos filmes. Há também oportunidades identificadas como sendo de grande potencial, como o filme ‘Malês’, por exemplo, uma história essencial para a cinematografia brasileira (dirigido por Antônio Pitanga, o longa retrata a Revolta dos Malês, a maior revolução da história do Brasil organizada por negros escravizados na Bahia)”, explica o Gerente setorial de Patrocinio Cultural da Petrobras, Milton Bittencourt.
A Petrobras ainda mantém projetos de continuidade, de alta relevância para o segmento, como a Mostra de Cinema em São Paulo e o Festival de Cinema de Gramado. E os projetos de naming, como o Espaço Petrobras de Cinema na Rua Augusta, em São Paulo e a Sessão Vitrine Petrobras. “São parcerias especiais com projetos que estão em sintonia direta com os valores e o posicionamento da empresa”, completa Bittencourt.
E os próximos capítulos dessa história?
A Petrobras prevê um investimento na produção audiovisual no patamar de 100 milhões de reais até 2027. “É um recurso compatível com uma empresa que entende a importância de se apoiar a cultura brasileira e que é a maior empresa do País. A Petrobras e o cinema brasileiro têm uma conexão muito forte e buscaremos sempre estar presentes”, fala Alessandra.
Assim como acontece desde 1995, o investimento da companhia tem um foco importante na diversidade. “Na última seleção realizada, que foi a maior da história da Petrobras, incluímos dispositivos para alcançar a diversidade desejada na temática dos projetos, na região de origem das produtoras, no perfil dos realizadores. Foram selecionados 140 projetos e eles são literalmente de todos os estados brasileiros. Em termos de produção e distribuição de filmes, foram 26 projetos selecionados, de produtoras de 13 Estados, que contam histórias nas mais diferentes vozes: vamos levar ao cinema o manguebeat, a história de Carolina de Jesus, temáticas amazônicas, tradições culturais, o funk carioca e muito mais, um grande mosaico do Brasil”, enumera Bittencourt.
Bittencourt ressalta que o cinema tem o poder de refletir a identidade e as características de um povo. “O cinema conta nossas histórias de uma forma que só nós conseguiremos contar. Além de emocionar, nos envolver e nos conectar na época em que são produzidos, filmes são documentos históricos que nos permitem rever o passado de uma forma muito imersiva, por meio de suas narrativas, sons, imagens e pensamentos. E entender o passado é também construir o futuro”.
Três décadas depois, essa relação se mantém viva, expandida e presente em diferentes frentes do audiovisual brasileiro, das telas às salas, dos festivais às escolas, das novas vozes às obras que resgatam nossa memória cultural. São 30 anos de uma relação construída com diálogo, investimento e visão de longo prazo. Como em um casamento sólido, essa parceria evoluiu, amadureceu e abriu caminhos para novos capítulos. O compromisso permanece o mesmo: seguir contribuindo para um audiovisual mais diverso, representativo e acessível em todo o Brasil.


