Mais clubes em campo no segundo semestre. Torcedores nas arquibancadas, e calendário garantido. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estuda mudanças nas divisões de acesso do Campeonato Brasileiro. Isso porque a entidade analisa duas alternativas: criar a Série E, que funcionaria como quinta divisão, ou ampliar a Série D para quase 100 clubes. As informações são do portal No Ataque.
O presidente da entidade, Samir Xaud, informou que pretende apresentar a proposta definitiva até outubro. Em seguida, clubes e federações estaduais irão avaliar o documento. A ideia é implementar o novo formato somente em 2027, oferecendo um calendário mais longo e sustentável para as equipes menores.
A proposta de reformulação das divisões de acesso do futebol brasileiro tem um apoio de Michelle Ramalho, presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF) e vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em entrevista, ela afirmou ser favorável à criação de novas competições, incluindo a possibilidade de uma quinta divisão nacional, a Série E, ou a ampliação da atual Série D do Brasileirão.
“É uma ideia da CBF, e considero excelente. Quanto mais competições houver, melhor. Seja aumentando o número de vagas na Série D, por exemplo” comentou.
CBF e representantes dos clubes vêm debatendo dois caminhos: criar a Série E, que teria 64 clubes e reduziria a Série D para 20 participantes, ou ampliar a própria Série D, passando de 64 para 96 equipes. Ambas as propostas têm como objetivo garantir calendário mais extenso e sustentável para os clubes que disputam as divisões inferiores. A previsão é de que mudanças só ocorram a partir de 2027.
No modelo em estudo, a Série E funcionaria como porta de entrada para o Campeonato Brasileiro, com formato regionalizado e sistema de acesso e descenso com a Série D. Já a proposta de ampliação da 4ª divisão aumentaria o número de participantes, mas manteria a competição como base da pirâmide nacional. Em ambos os casos, dirigentes defendem que mais clubes tenham vagas asseguradas no ano seguinte, evitando a interrupção de atividades por falta de calendário.
CBF quer Série E regionalizada ou Série D gigante
Na primeira opção, a Série E seria disputada em formato regionalizado. Essa divisão serviria como porta de entrada para o Campeonato Brasileiro, com acesso e descenso para a Série D, que passaria a contar com apenas 20 participantes.
Já a segunda proposta aumentaria a Série D de 64 para 96 clubes. Com isso, mais equipes teriam calendário nacional garantido no ano seguinte e as federações estaduais ganhariam mais vagas.
Representante da Série D no Conselho Nacional de Clubes e presidente do ASA, Rogério Siqueira disse estar animado com a possibilidade de ajustes no chamado campeonato de entrada no Brasileiro. Segundo o dirigente, a nova diretoria da CBF, comandada por Samir Xaud, está receptiva às ideias dos clubes e ele espera mudanças para a temporada de 2027.
PB Agora
Foto: Rafael Costa/Treze