Fabinho Soldado fala em tom de despedida do Corinthians e dispara: ‘Profissionalismo incomoda’
Crédito: Rodrigo Sampaio
O Corinthians comunicou, nesta terça-feira, 23, dois dias após o título da Copa do Brasil, que Fabinho Soldado deixou o cargo de executivo de futebol do clube. De acordo com a nota, a decisão foi tomada em comum acordo. O dirigente tem uma proposta do Internacional e sua permanência no Parque São Jorge já era incerta há algum tempo.
“O Corinthians agradece ao profissional pelos serviços prestados, pelo empenho e pela dedicação demonstrados durante o período em que esteve à frente de suas funções, desejando sucesso em seus próximos desafios profissionais. O Clube seguirá trabalhando na reestruturação de seu Departamento de Futebol e informará oportunamente sobre os próximos passos”, informou o time.

Fabinho Soldado celebra título da Copa do Brasil com elenco do Corinthians. Foto: Pedro Kirilos
Osmar Stábile, presidente corintiano, vinha sendo pressionado por conselheiros para demitir o executivo de futebol, que tinha o apoio dos jogadores. Mais de uma vez, atletas alvinegros fizeram manifestações públicas elogiando o trabalho feito por Soldado internamente.
Ainda no gramado do Maracanã, depois que o Corinthians venceu o Vasco por 2 a 1 e se tornou tetracampeão da Copa do Brasil, o agora ex-dirigente da equipe alvinegra falou em tom de despedida e mostrou incômodo com situação política do clube.
“Parece que o profissionalismo ainda é algo que incomoda. Eu acho que a palavra certa é essa, acho que o profissionalismo ainda incomoda. Enquanto o mundo está, todos os outros clubes, você olha a prática dos grandes clubes que estão aí liderando os campeonatos, cada vez mais investindo em profissionalismo, em profissionais, capacitando, tecnologia, melhorando o CT”, disse Fabinho.
“Existe uma pequena parte ainda que pensa diferente, e eu não consigo pensar assim. Eu sou profissional do mercado, eu não quero ser avaliado em momento algum de parte política”, concluiu.
Fabinho Soldado chegou ao Corinthians no início da polêmica gestão de Augusto Melo e continuou no cargo mesmo após a destituição do presidente eleito. Respaldado pelo elenco, sempre foi apontado pelos jogadores como responsável por não deixar a crise política chegar ao vestiário.
No mercado, foi o responsável por contratações avaliadas positiva e negativamente. Ele teve participação na reconstrução do elenco no meio do ano passado, especialmente na vinda de Hugo Souza, com quem já havia trabalhado no Flamengo.


