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    Lar»Cidades»Rota do Couro: como tradição virou oportunidade de renda e inovação no Cariri da Paraíba?
    Cidades

    Rota do Couro: como tradição virou oportunidade de renda e inovação no Cariri da Paraíba?

    adminPor admin5 de junho de 2025Nenhum comentário7 minutos de leitura0 Visualizações
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    No Distrito da Ribeira, em Cabaceiras, o couro, que muitas vezes era usado para proteção do homem do campo nordestino, se reinventou como matéria-prima de produtos artesanais e sofisticados, atraindo consumidores de diferentes classes sociais.

    No município, uma cooperativa impulsiona a economia local, beneficiando cerca de 500 pessoas com a produção de peças artesanais, principalmente em couro de bode. Outros empreendedores também investem em novos designs para atrair a atenção do público.

    Curiosamente, a produção artesanal evoluiu tanto que começou a se tornar um atrativo turístico, em uma cidade que já se destaca nesse setor – é a nossa “Roliúde Nordestina”, onde foram gravados “O Auto da Compadecida” (2000) e tantos outros filmes. Em 2024, toda a Rota do Couro passou a ser sinalizada, consolidando ainda mais esse percurso como destino turístico.

    Nesta primeira reportagem da série “Rota do Couro”, conta como o artesanato em couro está movimentando a economia de um pequeno distrito, em Cabaceiras.

    A cooperativa Arteza

    Bolsas de couro da cooperativa Arteza, em Cabaceiras. Foto: Grace Vasconcelos.

    Com foco na produção de bolsas, carteiras, sandálias e itens voltados ao homem do campo, a Cooperativa Arteza se destaca pelo uso do couro de bode, embora também trabalhe com couro bovino. Ela é uma das principais iniciativas da atividade coureira no Distrito da Ribeira, na zona rural de Cabaceiras.

    Segundo o diretor financeiro da cooperativa, Lucas de Araújo Castro, de 38 anos, a agricultura e a pecuária sempre foram as bases da economia local, e o trabalho com couro surgiu como complemento à vida no campo, suprindo a demanda por peças como gibões e chapéus.

    Lucas conta que, a partir da década de 1990, houve uma mudança de mentalidade: começaram a buscar alternativas que não dependessem das chuvas – o que era fundamental, já que o município está entre os que menos chove no país. Segundo ele, a iniciativa ainda era muito tímida, pois não conheciam novos mercados.

    “A cooperativa veio para organizar e mostrar que existem outros públicos. Não só aquele público do vaqueiro que não tem um poder aquisitivo para pagar mais caro por um produto. É um produto que a gente pode atingir a classe C, a classe B, a classe A. Então foi abrindo essa visão com a formação da cooperativa”, explica Lucas.

    O que é uma cooperativa? – Cooperativa é uma sociedade formada por, no mínimo, 20 pessoas, com objetivos econômicos e sociais comuns, segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

    Cooperativa Arteza, em Cabaceiras. Foto: Grace Vasconcelos.

    O diretor financeiro conta que viu o surgimento da cooperativa dentro da própria casa e está na quinta geração da família que trabalha com couro. O pai dele, José Carlos Castro, foi um dos fundadores da Arteza, há 27 anos. “O artesanato tá no sangue. Eu acho que a gente já nasce com isso”, conta.

    A atividade da Arteza começa com a produção das peles no curtume coletivo do município, que são entregues aos artesãos responsáveis por confeccionar os produtos da marca. A cooperativa também assume a comercialização das peças artesanais.

    Quando a cooperativa foi fundada, só existiam 28 sócios. Hoje, a Arteza reúne 25 pequenas fábricas, com 75 sócios ativos, sendo a maioria responsável por uma família. O diretor financeiro afirma que são produzidas entre 12 a 15 mil peças por mês, e estima que cerca de 500 pessoas são diretamente impactadas pela produção do artesanato.

    “O impacto da cooperativa é a renda para os cooperados, para as pessoas que trabalham com os cooperados, para a família do cooperado. Indiretamente, isso também incentiva mercadinho, incentiva material de construção, posto de combustível, porque o dinheiro circula. Essa geração de renda, de emprego, faz com que o lugar cresça. Quando o lugar se desenvolve, as pessoas também começam a se desenvolver”, afirma Lucas de Araújo Castro, diretor financeiro da cooperativa Arteza.

    Novos designs e oportunidades

    Foto: Arquivo/Use Vôtti.

    Outras iniciativas empreendedoras também começaram a surgir na região nos últimos anos. Gabriela Andrade, o marido e o irmão criaram uma marca de calçados em couro, produzidos em uma oficina na zona rural do município. Com design moderno e cores vibrantes, cerca de 10 artesãos fabricam até mil pares por mês.

    Hoje, a empresa Vôtti tem uma loja no Mercado de Artesanato da Paraíba, em João Pessoa. Gabriela explica que também vende no atacado para Salvador, São Paulo e Recife, mas lembra que, no início, o trabalho era bem diferente.

    A produção começou na garagem dos pais dela, em 2013, com a confecção de chapéus. Depois, passaram a fazer sandálias de tranças, tradicionais na região, mas o irmão queria ir além: queria inovar, criar modelos mais arrumados e com design diferenciado.

    “A gente começou a desenhar as sandálias, a trazer cores, porque, naquela época, era mais o couro de bode cru ou, no máximo, uma cor preta, uma cor branca. Aí a gente trouxe cores. A gente começou a fazer combinações diferentes e modelos também diferentes”, conta Gabriela.

    Gabriela Andrade e o marido na oficina da marca de calçados, em Cabaceiras. Foto: Grace Vasconcelos.

    Foi o irmão de Gabriela quem desenhou alguns dos modelos, e parte das combinações de cores é criada na própria oficina.

    “A gente fala que é uma peça que a gente criou de verdade. A gente fez o desenho, a modelagem e entrega o produto final ao cliente. Isso encanta. Quando contamos a história, que fomos nós que desenhamos, que escolhemos as cores, os clientes ficam encantados”, afirma Gabriela.

    Na frente da oficina de Gabriela, a placa da Rota do Couro chama atenção e identifica que o local está disponível para receber turistas. No local, ela já planeja construir uma loja para receber os visitantes.

    “A gente já tá comprando o material, porque, como a gente tá participando da Rota do Couro, aí a gente vai fazer a loja. Para, quando chegar um turista, ter o produto pronto para mostrar para ele. Aqui é só a produção, mas, futuramente…”, conta Gabriela.

    Placa da Rota do Couro sinaliza que oficina está disponível para receber turistas, em Cabaceiras. Foto: Grace Vasconcelos.

    Empreendedorismo em números

    Cabaceiras tem 40 empresas relacionadas à fabricação de objetos em couro, sendo 32 registradas como microempreendedores individuais (MEI) e apenas seis são consideradas microempresas (ME). Os dados são do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

    Em 2024, a prefeitura identificou a existência de 57 oficinas de artesanato em couro, sendo três delas no município de São João do Cariri, mas ligadas a Cabaceiras. Segundo a gestão, são cerca de 300 artesãos trabalhando diretamente com essa produção.

    A especialista em educação empreendedora, Suellen Albuquerque, relembra que trabalhou com o artesanato em couro do município em 2008 e se envolveu na formação de artesãos, atuando com materiais e na consultoria de incubadoras de empresas na cidade.

    Ela conta que, de lá para cá, percebe uma melhoria na produção e destaca que o artesão que buscou definir uma marca, criou um estilo próprio e prezou pela qualidade teve seu trabalho reconhecido e valorizado.

    Suellen também destaca que Cabaceiras é um polo de economia criativa e que a cooperativa Arteza é um caso de sucesso, dando continuidade ao trabalho de gerações e garantindo ao artesão o acesso a uma matéria-prima única, produzida localmente. “Coloca o produto em um patamar único e permite a valorização das peças, que carregam em sua estética o DNA do Cariri Paraibano”, ressalta.

    Ela também avalia que a maioria dos artesãos em Cabaceiras trabalha de forma formalizada, porque sabe que “o caminho não poderia ser diferente”.

    “O empreendedorismo é meio para que essas habilidades que definem a identidade da região, esse saber fazer, não se perca. O artesão precisa de apoio para viver das suas habilidades, e eu digo viver bem, não sobreviver”, conta a especialista.

    Com Jornal da Paraíba

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