Em entrevista ao programa “Arapuan Verdade” na tarde desta quinta-feira (15), o deputado federal Cabo Gilberto (PL) fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e deixou no ar a possibilidade de apoiar uma reeleição de Hugo Mota à presidência da Câmara dos Deputados.
Ao ser questionado sobre sua avaliação da gestão de Mota, Cabo Gilberto reconheceu a habilidade política do paraibano, destacando sua capacidade de transitar bem entre os partidos. No entanto, o deputado foi enigmático ao falar sobre seu voto em uma possível reeleição de Mota, afirmando que seria difícil garantir apoio novamente.
“O deputado Hugo Mota é muito habilidoso, transita bem entre todos os partidos. Fez um bom trabalho e sempre me tratou com respeito. Mas, no momento, é difícil dizer se votaria nele novamente”, afirmou Cabo Gilberto, sem se comprometer com uma posição definitiva sobre a reeleição.
Cabo Gilberto também aproveitou a oportunidade para criticar o Supremo Tribunal Federal, levantando questões sobre o impacto das decisões da corte no funcionamento da democracia no Brasil. “Quando temos um parlamento acovardado, a democracia não está correta. Quando um poder se sobrepõe aos demais, é uma situação muito difícil”, disse, referindo-se ao que chamou de “superpoderes” do STF.
O deputado ainda mencionou que, em conversas com Hugo Mota, solicitou urgência na votação de um projeto de anistia para pessoas perseguidas politicamente, mas manteve o foco nas críticas à falta de independência do parlamento diante do Supremo.
Questionado diretamente sobre se votaria ou não em Hugo Mota para um novo mandato à frente da Câmara, Cabo Gilberto preferiu não fazer uma afirmação concreta, deixando claro que a decisão dependeria da posição do partido. “A decisão não é minha apenas, é uma questão de partido. Mas me dou bem com ele, sempre me tratou com respeito”, declarou.
Com seu estilo direto e reflexivo, Cabo Gilberto segue mantendo uma postura cautelosa em relação ao apoio político em Brasília, ao mesmo tempo em que continua a levantar questionamentos sobre o papel das instituições no equilíbrio de poderes no Brasil.
PB Agora