Dentre esses adjetivos, há quem se apoie em um — ou em vários. Na era moderna da tecnologia veloz, o que foi lançado lentamente lá atrás tende a ressurgir de forma assombrosa na mente das massas.
As bonecas (e bonecos) reborn começaram a ser fabricados de forma artesanal nos anos 1980. Na década de 1990, passaram por aprimoramentos. E, como de costume, foi nos Estados Unidos que essa febre — ou necessidade — ganhou força e se espalhou por todos os continentes.
Digo necessidade porque médicos e psicólogos as recomendam em casos especiais: pessoas que perderam filhos pequenos, ou em terapias para Alzheimer e outros traumas. Mas não parou por aí. Casais têm adotado essas bonecas como filhos. Sim, você leu certo. “Veja onde chegou a loucura!” — isso fora de cortes…
Recentemente, vimos pessoas levando bonecas reborn para hospitais em busca de tratamento. Há relatos de divórcios com partilha de bens que incluíam a “filha reborn”. Tá todo mundo louco, como fazia crer Raul Seixas em suas canções?
A verdade é que grande parte da humanidade permanece infantilizada — nunca deixou de carregar a boneca no colo, sonhando com uma realidade que nunca existiu. Desperta, humanidade!
Enquanto isso, os espertalhões de plantão ganham milhões — arrancando das mãos e contas bancárias dos ingênuos. Nos últimos dias, as redes sociais explodiram com o tema reborn. Pode acreditar: alguém, mais inteligente que a maioria, está faturando bilhões com a carência alheia.
Desperta, humanidade!
Elcio Nunes
Cidadão brasileiro