Um líder paramilitar pró-Rússia que atuava no leste da Ucrânia, Armen Sarkisyan, morreu após uma bomba explodir no saguão de um prédio de luxo em Moscou, na Rússia, nesta segunda-feira (3), segundo a agência de notícias estatal russa TASS. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
A explosão, que também matou um dos guarda-costas de Starkisyan e feriu outros três, ocorreu no complexo Scarlet Sails, às margens do Rio Moscou, a apenas 12 km do Kremlin, a sede do governo de Vladimir Putin
A TASS descreveu o ataque como um assassinato cuidadosamente planejado. A bomba detonou no momento em que Sarkisyan e seus guarda-costas entravam no porão do edifício. O paramilitar foi levado ao hospital em estado crítico, mas não resistiu aos ferimentos.
O canal Baza, do Telegram, que tem relações com os serviços de segurança da Rússia, divulgou vídeos dos danos causados pela explosão no saguão do prédio. As imagens foram republicadas por agências de notícias.
Autoridades russas afirmam que o crime foi ordenado e que uma investigação está em andamento para identificar os mandantes.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela explosão até o momento, mas o ataque se encaixa em uma série de operações clandestinas atribuídas à Ucrânia que têm como alvo oficiais militares russos e autoridades instaladas pelo Kremlin, segundo a imprensa russa.
Se confirmado o envolvimento de Kiev, esse seria mais um golpe contra a segurança interna da Rússia e um novo desafio para o FSB, o serviço de inteligência do país, que tem enfrentado dificuldades para conter os ataques ucranianos.
Em dezembro, a Ucrânia reivindicou a morte do general russo Igor Kirillov em uma explosão semelhante em Moscou. O governo ucraniano ainda não comentou sobre a explosão desta segunda-feira.
Quem era Armen Sarkisyan?
Sarkisyan era conhecido por sua história de envolvimento com grupos armados pró-Rússia na Ucrânia, segundo a imprensa russa. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) diz que o homem era um chefe do crime na região de Donetsk, controlada por Moscou desde 2014.
Ele era investigado pela SBU de participar de grupos armados ilegais que apoiam o exército de Putin na guerra contra a Ucrânia. Em 2022, fundou o batalhão Arbat, uma das muitas unidades irregulares que combatem as forças ucranianas.
A Ucrânia também havia emitido um mandado de prisão internacional contra Sarkisyan em 2014, acusando-o de violência contra manifestantes pró-União Europeia (UE) durante a revolta de Maidan.
Ele também teria conexões com o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych, que fugiu para a Rússia naquele ano.
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