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Já que a Terra está na mira de meteoros galácticos; já que nosso futuro é sobreviver em outro lugar, a pergunta seria: qual planeta?
A lua tem vista boa. Marte é perto – mas lá não tem xongas. Nem Matt Damon aguentou. Uma opção é a Europa. Infelizmente, não estou falando do continente – e sim da lua de Júpiter. Tem um oceano de água, dá pra se virar. Só que demora seis anos pra ir. Tipo Ubatuba no feriado.
Melhor tentar sobreviver por aqui mesmo. Uma ilha igual a do Tom Hanks no Náufrago resolve por um tempo – desde que eu tenha companhia. Tenho dificuldade em fazer amizade com bola de vôlei. Preciso de gente. Discuti a proposta em família e me deixaram levar três pessoas.
Se tivesse que viver numa ilha deserta, quem vcoê levaria junto? Na ilagem, uma ilha no Pacífico
Foto: Chris Leon/Adobe Stock
Ingrid para ficar em volta da fogueira; Helena Rizzo pra fazer comida? Sensacional. Ingrid é cheia de assunto, Helena faz 70 pratos diferentes com uma única raiz de mandioca. A sobrevivência seria mais fácil. Porém, tais escolhas podem indicar um viés sexista pra minha ilha – portanto desisti das duas.
Quem levar? Precisa ser alguém que cuide da alimentação – levando-se em conta que nesta ilha selvagem não tem sacolão. Vou de Rodrigo Hilbert. Sabe fazer fogo, pescar, caçar, construir, cozinhar, sapatear o quadradinho, tudo. Se aparecer o T-Rex do Jurassic Park, Rodrigo desossa e faz churrasco por três anos seguidos.
Comer bem já é caminho para ter saúde. Só que a ilha também não tem farmácia nem dipirona. Preciso levar um doutor: Drauzio Varella. Sabe contar causo e se os bichos me pegarem estilo Largados e Pelados, Dr. Drauzio fornece unguentos. Levando-se em consideração a minha longa linhagem de hipocondríacos, contaria também com um contêiner de remédios – incluindo ansiolíticos. Porque duvido que a ilha tenha internet. E aí bate agonia.
No que aí caímos no entretenimento. Chega de noite, o que fazer? Como viver sem White Lotus? Assumindo que o Rodrigo saberá fazer uísque a partir do caldo de siri, vamos precisar de uma atração à altura. Vou levar o Samuel Rosa, do Skank. Toca umas músicas legais, gosta de futebol – é perfeito.
Até dá pra viver assim. Mas, conforme aprendi na meditação, precisamos de experiências humanas compartilhadas pra sermos felizes. Decidi então roubar no jogo e levar uma quarta pessoa – o Shackleton, do Endurance.
Ele escapou do Polo Norte em 1914 num bote de madeira – com certeza daria um jeito de levar a gente de volta pra civilização. O quê? Nessa ilha não fico. Sinceramente, o mundo indo abaixo, e eu aqui sem internet? Negativo. E você, quem levaria?
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