O deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos-PB) caminha para fazer história na eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados, marcada para este sábado, em Brasília. Com amplo apoio entre as bancadas, Motta pode superar o recorde atual de 464 votos, alcançado por Arthur Lira (PP-AL) em 2023.
A construção política de Motta, que conquistou alianças em praticamente todos os partidos — com exceção de PSOL e Novo, que lançaram candidatos próprios — coloca o parlamentar muito próximo de atingir 500 votos, algo inédito na história recente da Casa. PSOL e Novo, juntos, somam 17 votos entre os 513 deputados, cenário que não ameaça a trajetória sólida do paraibano rumo ao cargo.
Natural de João Pessoa, Hugo Motta está em seu quarto mandato como deputado federal. Sua trajetória política começou em 2005, quando se filiou ao então PMDB, hoje MDB. Formado em Medicina pela Universidade Católica de Brasília, foi eleito para a Câmara em 2010, aos 21 anos, tornando-se o mais jovem deputado federal do país. Atualmente líder do Republicanos na Casa, Motta já atuou como vice-líder de diversos blocos partidários, integrando a base de apoio dos governos Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
E no Senado?
Enquanto Motta é apontado como favorito absoluto na Câmara, no Senado o cenário também caminha para um resultado histórico. O senador Davi Alcolumbre (União-AP) busca a reeleição com o apoio declarado de 77 parlamentares, número que, se mantido, superará os recordes anteriores, estabelecidos por Mauro Benevides (MDB-CE) em 1971 e José Sarney (MDB-AP) em 2003, ambos com 76 votos.
Ainda assim, dissidências pontuais podem surgir entre os 81 senadores, tornando o cenário final ainda indefinido.
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