Nesse imenso cenário da vida, onde o simples e o complexo se conectam, muitas vezes poderíamos apenas sentir, tatear, como os cegos. No entanto, frequentemente nos vemos aprisionados na necessidade de entender. O amor, por exemplo, que deveria fluir livremente, muitas vezes é envolto por medos, inseguranças e cobranças sufocantes.
As pessoas que realmente nos amam nos aceitam como somos e buscam sempre nos entender; não nos diminuem, mas nos fortalecem. É a vida que flui. E a existência, que poderia ser uma celebração do presente carregando o peso das escolhas e suas consequências.
Navegamos por labirintos dia e noite, repletos de altos e baixos. Cada esquina pode nos surpreender com perguntas sem resposta, e é nesse labirinto de incertezas que reside a verdadeira magia da vida. A vida é uma ordem, como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade.
É no caos que aprendemos a valorizar a serenidade; nas tempestades emocionais, descobrimos a coragem que nem sabíamos possuir. E, entre as complicações do cotidiano, encontramos beleza nas pequenas coisas: um sorriso de uma criança, ouvir um amigo que precisa compartilhar uma situação difícil, um pôr do sol deslumbrante ou um momento de silêncio compartilhado.
A simplicidade não se encontra na ausência de desafios, mas na maneira como escolhemos olhar para o mundo ao nosso redor. Às vezes, é preciso fazer uma pausa e perceber que podemos optar por uma perspectiva mais leve, como a música. Não se trata de ignorar as dificuldades ou desconsiderar os sentimentos; trata-se de permitir-se viver com mais leveza e amor próprio.
Assim, mesmo que a vida nunca seja completamente fácil e não é, ela pode ser repleta de leveza e significados. Quando conseguimos sentir essa leveza, percebemos que isso já é mais do que suficiente para tornar nossa trajetória extraordinária. É esse o caminho.
Enquanto sua consciência estiver tranquila quanto aos seus atos, ignore as opiniões alheias e aprenda a viver para ensinar. E seja pleno.
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