Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro têm tentado minar a credibilidade do depoimento de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, após a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ser citada. Segundo bolsonaristas, o tenente-coronel não tinha como saber que ela fazia parte de um grupo que incentivava o marido a dar golpe.
Segundo a coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo, os dois não tinham uma boa relação a ponto de não se falarem. O militar afirmou à Polícia Federal que ela fazia parte de um grupo “mais radical” do governo que incentivava Bolsonaro a dar golpe.
“Cid não pode atestar que a Michelle queria ou sugeria qualquer coisa, porque ela detestava ele. Quando ela entrava num ambiente, ele saía. Todo mundo sabia disso”, diz um interlocutor de Bolsonaro. Ele ainda aponta que o ex-presidente “não ia ser doido de confidenciar” informações do tipo ao então ajudante de ordens.
Aliados de Bolsonaro ainda dizem que Michelle chegou a pedir a demissão de Cid. “Ela achava ele entrão e cheio de iniciativa”, contou.
A delação de Cid foi homologada em 2023 e incluiu relatos de que Michelle e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teriam incentivado o então presidente a seguir com o plano golpista após a derrota para o presidente Lula nas eleições de 2022.
Com as novas menções e o vazamento do depoimento, bolsonaristas também temem que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decrete medidas contra o deputado, como reter seu passaporte, por exemplo.
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