O motorista desaparecido após ter sido arrastado por uma enxurrada durante as chuvas que atingiram o estado de São Paulo, na terça-feira (16/12), foi confirmado como a oitava vítima pela Operação Chuvas, da Defesa Civil. O corpo dele foi encontrado na tarde dessa sexta-feira (19/12).
Além desse caso, de 10 ao 16 de dezembro, sete pessoas morreram em SP: um homem que faleceu em um deslizamento em Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira; uma mulher morta após a queda de um muro na zona leste da capital paulista; uma mulher que perdeu a vida após uma árvore cair em Guarulhos; um homem que foi vítima de descarga elétrica em Juquitiba; um homem arrastado depois de escorregar e cair em um rio, em Bauru; um homem atingido pela queda de um muro; e outro arrastada por correnteza em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo.
Este ano, a Operação Chuvas começou em 1º de dezembro e vai durar até 31 de março de 2026, segundo a Defesa Civil.
Corpo de motorista encontrado
O corpo do motorista arrastado pela força da enxurrada durante um temporal em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, foi reconhecido por familiares, na tarde de sexta-feira. Ele ficou desaparecido desde terça-feira, quando o carro dele foi levado pela água.
O corpo foi encontrado às margens do rio Tietê, a cerca de 25 km do ponto onde aconteceu o desaparecimento.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 13h50 para averiguar a informação sobre um possível corpo encontrado na Marginal Tietê, embaixo do acesso à rodovia Presidente Dutra, no sentido Brás. Cerca de 40 minutos depois, às 14h30, as equipes conseguiram acessar o local e confirmaram que se tratava do corpo de um homem.
Chuvas afetam abastecimento de água em SP
Moradores do Jardim das Gaivotas, no Grajaú, na zona sul de São Paulo, estão há oito dias sem água em casa. Desde o temporal que atingiu a cidade na manhã de quarta-feira (10/12), as torneiras seguem secas. Segundo quem vive no bairro, o problema não é novo e sempre piora quando chove forte ou em períodos de instabilidade.
Naquela quarta-feira, São Paulo registrou rajadas de vento de até 96,3 km/h, que derrubaram árvores, causaram destelhamentos, apagões e afetaram a infraestrutura urbana. No Jardim das Gaivotas, o impacto foi direto no abastecimento. “Não caiu uma gota. São oito dias sem água nenhuma, nem fraca, nem pra subir pra caixa”, relata o pai de uma moradora.
De acordo com os moradores, que preferem não se identificar, o problema atinge principalmente quem vive “no final da rua”, próximo à Represa Billings. A água até chega para as casas do início da via, mas perde força ao longo da tubulação. A situação se torna ainda mais grave porque há crianças e idosos nas casas afetadas. No mesmo quintal vivem três adultos e uma criança; em outro núcleo familiar, há mais três crianças.
“A gente trabalha o dia inteiro e quando chega em casa não tem água. É desumano”, desabafa um morador.
O homem, de 64 anos, mora na região há 27 anos e diz que, apesar de a água ter sido ligada oficialmente há mais de uma década, o problema nunca foi resolvido de forma definitiva. Segundo os relatos, a falta d’água não é só por conta do temporal, mas sim, um problema antigo do bairro. “Esse problema se arrasta há anos. Quando chega o verão ou períodos mais secos, piora. E quando falta energia, aí acaba tudo de vez”, explica.
Ao Metrópoles, a Sabesp informou que a falta d’água registrada na região foi causada por quedas no fornecimento de energia durante as chuvas, restritas aos dias 12 e 13 de dezembro, e que o abastecimento teria sido retomado no domingo (14/12).










