Após acusar Nicolás Maduro de chefiar um cartel de drogas e roubar petróleo dos Estados Unidos, o governo Trump agora acusa o ditador venezuelano de “cooperar com terroristas”, como o grupo libanês Hezbollah. A afirmação é do chefe da diplomacia de Donald Trump, Marco Rubio, que participou de coletiva de imprensa nesta sexta-feira (19/12).
Na conversa com jornalistas, o secretário de Estado dos EUA disse que a ameaça mais séria contra o país vinda do Hemisfério Ocidental são “grupos criminosos terroristas”. Rubio citou que, apesar dos desafios, parceiros regionais têm cooperado com Washington — menos um.
“Há um lugar que não coopera, e é o regime ilegítimo da Venezuela”, disse o secretário de Estado norte-americano. “Agora, eles estão cooperando abertamente com terroristas e elementos criminosos. Por exemplo, eles convidaram o Hezbollah e o Irã para operar a partir de seu território”, acrescentou Rubio, sem apresentar provas.
Crise no Caribe
Desde agosto, os EUA realizam um cerco militar na América Latina e Caribe, com o objetivo de combater o tráfico de drogas que passa na região. Até o momento, cerca de 28 barcos já foram atacados em águas caribenhas e do Oceano Pacífico.
O Pentágono afirma que os bombardeios foram motivados por uma suposta ligações entre as embarcações e o transporte de entorpecentes. Provas concretas das acusações, no entanto, nunca foram divulgadas.
Em meio à campanha militar na região, que ganhou o nome de operação Lança do Sul, Washington também tem mirado em Nicolás Maduro. Para a administração Trump, o presidente da Venezuela é chefe do cartel de Los Soles, grupo recentemente classificado como organização terrorista internacional pelos EUA.
Há alguns dias, o presidente dos EUA voltou a subir o tom contra seu homólogo venezuelano, e acusou Maduro de roubar petróleo e ativos norte-americanos. O objetivo, segundo Trump, seria utilizar os lucros para financiar seu regime e grupos narcoterroristas.
