Copa do Brasil terá mudanças para 2026; veja os detalhes
Na CBF, debate gira em torno do formato e das datas; o tema é destaque no Explica Aí, Rizzo desta semana. Crédito: Marcel Rizzo e Bruno Nogueirão | Estadão
Corinthians e Vasco jogam amanhã pelo título da Copa do Brasil e por uma premiação de R$ 77,1 milhões apenas por levantar a taça. Como estrearam na primeira fase, os cariocas acumulariam mais de R$ 100 milhões, somando todas as cotas, enquanto os paulistas, que entraram na terceira etapa, receberiam valor próximo a esse em caso de conquista.
O dinheiro distribuído na competição eliminatória da CBF tem como origem o contrato de transmissão. O atual ciclo tem o Grupo Globo como principal detentor, com sublicenciamento para o Prime Video, que possui jogos exclusivos neste pacote, e termina em 2026. No ano que vem, portanto, ocorrerão negociações para um novo acordo, a partir de 2027, provavelmente por mais quatro anos, até 2030.

Copa do Brasil terá importantes alterações em 2026. Foto: Werther Santana/Estadão
Diferentemente dos direitos do Brasileirão, vendidos pelos clubes por meio de seus blocos comerciais, a Libra e a Liga Forte União, a Copa do Brasil tem a CBF à frente das tratativas. Há um entendimento de que o preço do próximo acordo pode crescer exponencialmente em razão das mudanças que serão feitas no ano que vem, o que tende a valorizar o produto comercialmente.
Em 2026, a Copa do Brasil terá mais clubes: serão 126, chegando a 128 em 2027. Em 2025, foram 92 participantes, o que ampliará o alcance a equipes de divisões inferiores. As quatro primeiras fases terão confronto único, o que faz do torneio mais ágil.
Da quinta etapa, quando entram as equipes da Série A do Campeonato Brasileiro, à semifinal, as partidas serão disputadas em ida e volta, mas a decisão será em jogo único, encerrando a temporada. Em 2026, a final está marcada para 6 de dezembro. A CBF acredita que poderá realizar um evento semelhante ao que a Conmebol faz nas finais da Libertadores e da Sul-Americana, com ativações comerciais na cidade-sede, o que pode aumentar a receita.
O formato de venda dos direitos de transmissão para o ciclo 2027–2030 também pode acompanhar o modelo adotado pela Conmebol, por meio de licitação e, principalmente, de um fatiamento maior, com pacotes para TV aberta e fechada, pay-per-view e até streaming aberto. A estratégia permitiria alcançar veículos como a CazéTV, a Globo, com a GE TV, além de TNT Sports e ESPN, que a partir de 2027 terão jogos ao vivo de torneios da Conmebol no YouTube.
Na TV aberta, SBT e Record já sinalizaram ao mercado publicitário que poderiam entrar na disputa com a Globo, o que certamente elevaria o valor a ser pago e refletiria diretamente na premiação destinada aos clubes.


