Novos documentos da investigação sobre o caso Jeffrey Epstein, divulgados pelo governo dos Estados Unidos nesta sexta-feira (19/12), trouxeram à tona fotografias de celebridades, menções ao Brasil e centenas de páginas com trechos censurados. O material faz parte dos chamados “Arquivos Epstein” e foi liberado pelo Departamento de Justiça norte-americano após pressão do Congresso.
Os arquivos divulgados também trazem ao menos duas menções ao Brasil. Em uma delas, consta um recado datado de janeiro de 2005 solicitando que Epstein ligasse para o novo telefone de uma mulher. O assunto da mensagem é “Brasil”, mas o campo que identifica o autor do pedido foi censurado.
Em outro documento da investigação, há uma anotação manuscrita indicando que uma mulher teria sido fotografada sem saber da existência da imagem. O nome da pessoa foi ocultado, mas o texto informa que ela teria ido ao Brasil aos 18 anos e retornado aos Estados Unidos dois anos depois.
Ao todo, mais de 300 mil páginas foram tornadas públicas. Jeffrey Epstein, bilionário que mantinha relações próximas com políticos, empresários e famosos, foi condenado por crimes sexuais e acusado de operar uma rede de exploração de menores.
Ele morreu em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações federais de tráfico sexual.
Fotos inéditas de figuras públicas
Entre os documentos divulgados estão fotografias inéditas que mostram Epstein ao lado de celebridades, como o cantor Michael Jackson e o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.
Algumas fotos mostram Clinton sem camisa em uma jacuzzi ao lado de uma pessoa cujo rosto foi ocultado. Outras imagens registram o ex-presidente nadando em uma piscina com Maxwell e uma mulher não identificada, também com o rosto preservado.
Há ainda um registro em que o ex-presidente aparece segurando uma bebida ao lado de Epstein.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, informações que possam identificar vítimas foram ocultadas, conforme determina a Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, aprovada pelo Congresso em novembro e sancionada pelo presidente Donald Trump. O órgão ressaltou que a presença de nomes, imagens ou menções nos documentos não implica, por si só, envolvimento criminal.
