O fisioterapeuta Carlinhos Gouveia, ex-candidato a vice-prefeito de Sumé, fez um desabafo emocionante e contundente nas redes sociais ao relatar a dor vivida por sua família após o atendimento considerado negligente prestado à sua irmã no Hospital e Maternidade Alice de Almeida, no último domingo, 30 de novembro. Ela estava com oito meses de gestação e apresentava sintomas graves que, segundo ele, foram ignorados pela equipe médica.
Carlinhos descreveu que sua irmã chegou à unidade com hipertensão gestacional (pressão 13×9), inchaço acentuado, dores abdominais, náuseas e vômitos, além de ter levado todos os exames de pré-natal. Mesmo diante dos sinais de alerta, ele afirma que a médica de plantão não analisou os exames apresentados, não solicitou exames complementares e nem manteve a gestante em observação.
Em seu relato, ele detalhou: “Minha irmã deu entrada no hospital com sintomas claros que jamais deveriam ter sido ignorados. Era obrigatório ter feito exames, investigação e até mesmo uma transferência. Nada disso aconteceu. Ela foi medicada de forma superficial e mandada de volta para casa.”
Segundo Carlinhos, enquanto sua irmã era atendida, a médica estaria mais preocupada com um pedido de pizza entregue no endereço errado do que com o quadro clínico da gestante.
“Parece até piada, mas é verdade. A médica estava mais preocupada com a pizza do que com a vida da minha irmã e do meu sobrinho Nicolas. Isso demonstra despreparo, falta de responsabilidade e de humanidade.”
A situação evoluiu de forma grave. A gestante precisou passar por cirurgias, ficou entubada e lutando pela vida. O bebê, entretanto, não resistiu.
Carlinhos afirma que sua denúncia não tem motivação política, mas sim um apelo por responsabilidade e protocolos sérios na saúde pública e privada.
“Não faço isso por política. Isso pode acontecer em qualquer lugar quando falta preparo e conduta médica adequada. O que vivemos foi negligência. Essa dor nunca será apagada. Um atendimento básico e atento teria evitado essa tragédia.”
Mesmo abalado, ele afirmou que não irá expor o nome da médica, mas cobra mudanças estruturais:
“Não vou divulgar o nome dela. Isso não traz meu sobrinho de volta. Mas entrego nas mãos de Deus. O que peço é que os hospitais coloquem profissionais preparados e criem protocolos rígidos. Negligência destrói vidas, destrói futuros, destrói sonhos.”
O fisioterapeuta encerrou agradecendo às orações recebidas: “Agradeço de coração a todos que colocaram minha irmã, minha família e meu sobrinho em suas orações. Seguimos com fé, apesar da dor que hoje mora em nós.”


