Insegurança alimentar, falta de moradia, saneamento, água potável de qualidade, e acesso aos direitos básicos assegurados pela Constituição Federal. Cerca de 194 mil paraibanos estão em situação de extrema pobreza, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de levantamento da Síntese de Indicadores Sociais. Apesar de preocupante, o número é o menor da série histórica do IBGE.
Conforme o relatório, a porcentagem de paraibanos em situação de extrema pobreza corresponde a 4,7% da população total no estado. À nível nacional, os números também apresentaram queda, apresentando os menores índices da série histórica.
Em relação aos indicadores de pobreza, uma categoria diferente do IBGE, 38,3% da população paraibana está inserida. São cerca de 1,58 milhão de pessoas nessa situação. Também é o menor índice da série histórica, desde 2012. É o terceiro ano consecutivo de diminuição nos dois indicadores.
De acordo com o IBGE, o pico de alta nos números da extrema pobreza e da pobreza no estado foi em 2021, quando, respectivamente, as taxas ficaram em 16,7% e 56,1% da população vivendo nessas condições.
O estudo leva em conta o conceito de “pobreza monetária”, que ocorre quando a renda da família não é suficiente para garantir o básico para viver bem. O IBGE considera apenas o dinheiro disponível, sem considerar outros fatores importantes, como qualidade da moradia, acesso à educação ou proteção social.
Já a pobreza extrema, corresponde ao grau mais severo dessa privação, indicando uma situação em que os recursos disponíveis não permitem assegurar sequer a alimentação mínima e necessidades essenciais de sobrevivência.
Desigualdade entre ricos e pobres. Conforme o IBGE, os 20% mais ricos recebem, em média, 12,7 vezes mais que os 20% mais pobres. Isso corresponde, em comparação com o dado nordestino, a um valor superior em ambas as comparações. No caso da média regional, foi apontado 13,8%, e 14,6% na média nacional.
Outra categoria do estudo do IBGE é a incidência de vulnerabilidade na população paraibana. O órgão apontou que 38,3% da população paraibana vivia com US$ 6,85 PPC/dia. Esse valor, inclusive, é feito a partir dos parâmetros do Banco Mundial, calculados pela Paridade do Poder de Compra (PPC).
Redação


