Principal cartão postal de Campina Grande e um dos principais pontos turísticos da cidade, o Açude Velho, enfrenta um elevado nível de poluição. Nos últimos dias, a situação se agravou com o mau cheiro ao redor do açude. Peixes mortos, acúmulo de lixo e bancos de areia vêm sendo vistos no reservatório, o que expõe um risco ambiental.
As pessoas que caminham em volta do açude, ou que moram na área, relatam que a situação tem piorado, especialmente em dias quentes. A falta de manutenção regular e o acúmulo de resíduos comprometem a experiência de quem utiliza o local para lazer, prática de exercícios ou turismo. Para muitos, caminhar ao redor do açude já faz parte da rotina.
Diante do avanço da degradação ambiental, especialistas apontam caminhos para recuperar o Açude Velho e reduzir os impactos percebidos pela população. Uma das saídas seria a revitalização.
A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma), garante que vem intensificando os trabalhos de limpeza do Açude Velho. E orienta população quanto ao descarte irregular
Patrimônio histórico e cultural de Campina Grande, o local sofre com o descarte irregular de lixo, o que prejudica de forma severa os peixes do açude, além de trazer mau cheiro para quem caminha pelo espaço.
O local é frequentado por inúmeros campinenses, principalmente no começo do dia e ao por do sol. Um ponto de caminhada, em torno de equipamentos que contam parte da história da cidade, como a estátua dos Pioneiros da Borborema; o Monumento em homenagem a Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, o Museu de Arte Popular da Paraíba, projetado por Oscar Niemeyer e o Museu Digital.
Mais do que um símbolo paisagístico, o Açude Velho carrega uma rica história que remonta ao início do desenvolvimento da cidade. Construído no século XIX, o Açude desempenhou papel crucial no abastecimento de água, na organização da vida econômica e social da região, além de ser um marco cultural e turístico nos dias atuais.
A construção do Açude Velho foi idealizada em meados de 1830, durante a administração provincial da Paraíba, em resposta à necessidade de armazenar água para suprir a cidade em tempos de estiagem.
O açude, inicialmente, destinava-se ao abastecimento das populações locais e à irrigação de plantações, fundamentais para o desenvolvimento agrícola da cidade. Este foi um período em que Campina Grande começava a despontar como um importante polo econômico, especialmente no setor de algodão, chamado de “ouro branco”.
Apesar de sua importância histórica, o Açude Velho enfrenta desafios como poluição e falta de planejamento urbano, o que tem aumentado o clamor da população pela revitalização do espaço visando restaurar sua qualidade ambiental e potencial turístico.
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