O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou críticas — mais uma vez — contra a possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como principal nome para substituir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa presidencial do ano que vem diante da inelegibilidade e prisão do capitão da reserva no processo da trama golpista. O parlamentar, que está nos Estados Unidos desde o começo deste ano, disse, no entanto, que votaria até em um animal célebre do folclore político brasileiro para se opor ao atual chefe do Poder Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva, que disputará a reeleição em 2026.
“Sempre disse que onde o PT estiver eu estarei do outro lado, que se for o Macaco Tião contra Lula eu prefiro o Macaco Tião — cito a eleição do Rio em 1988. Mas não conte comigo para esconder a pretensão de quem tiraria proveito da tortura feita contra meu pai, ou qualquer inocente. Tarcísio é o candidato que o sistema quer e eu sempre serei claro e verdadeiro com meus eleitores e apoiadores”, afirmou em publicação no X, antigo Twitter, nesta sexta-feira, 28.
O deputado completou ao afirmar que “uma pessoa de princípios, ao ver que mantém em cárcere privado um sujeito apenas para beneficiá-lo numa eleição, deveria ser a primeira a recusar a candidatura – a qualquer cargo. O apego ao cargo detona com o político. Eu não compactuo com quem prende idosos e pessoas inocentes”.
Quem foi Macaco Tião
Macaco Tião citado por Eduardo Bolsonaro era um animal popular no zoológico do Rio de janeiro e ficou famoso no final da década de 1980 quando foi lançado candidato a prefeito da cidade pela revista humorística Casseta & Planeta , em uma forma de protesto contra os políticos cariocas.
Como não se usava urna eletrônica, Tião recebeu cerca de 400 mil votos dos eleitores do Rio na eleição de 1988, tornando-se o terceiro mais votado. O caso ganhou repercussão mundial. Na ocasião, o método utilizado para votação era cédula de papel, onde era possível escrever o nome de qualquer candidato. Os votos, oficialmente, eram contados como nulos.
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