Dez mulheres que atuam na Serra da Borborema foram registradas trabalhando suas artes em oficinas e palcos
A exposição Arte Preta da Serra é um retrato do cotidiano das oficinas e palcos de dez artistas negras da cidade de Campina Grande, no agreste da Paraíba. O projeto da fotojornalista Val da Costa será lançado nesta terça-feira (25), no Centro Cultural Lourdes Ramalho (CCLR). A mostra reúne imagens fotojornalísticas que retratam as diferentes linguagens artísticas, celebrando expressões culturais e universos criativos com a técnica do fotojornalismo mobile. O projeto foi viabilizado com recursos da Lei Biliu de Campina e ficará em cartaz até o dia 25 de dezembro.
A exposição Arte Preta da Serra apresenta dez telas fotográficas neste local, mas estende-se em mais imagens numa plataforma digital com áudios explicativos, permitindo que pessoas com pouca ou nenhuma visão também possam vivenciar a experiência desse passeio pelas artes dessas mulheres.
Pelo olhar sensível sobre as trajetórias dessas mulheres, mas também por mais uma janela, mais um meio de difundir as artes apresentadas, das clássicas às populares. A exposição é uma forma também de apresentar um primeiro ensaio com diversas luzes, todas naturais, num conjunto imagético lusco-fusco de ambientes artísticos.
“Cada uma tem uma forma, um tamanho e uma força própria na arte que exerce. São mulheres que me inspiram, todas em imagens artísticas que despertam a curiosidade natural sobre como cada uma trabalha seu ofício. Procurei fotografar sempre no final da tarde, tendo como referência a iluminação alaranjada do final do dia”, destaca a autora Val da Costa.
Mosaico
A mostra se estrutura como um elo entre o fotojornalismo e a arte, valorizando a potência estética e social dessas criadoras. Cada retrato revela gestos, texturas, corpos em movimento e ferramentas de trabalho — compondo um mosaico visual que reafirma a presença negra feminina na cena cultural de Campina Grande.
Participam da exposição a bonequeira Anita Garyballdi, a atriz Joana Marques (Lamparina), a artesã do macramê Sandovânia Bertulino, a trancista Mithra Josyane, a ceramista Rosângela Lisboa, a cantora Caliandra Andrade, a dançarina junina Rayanne Mendes, escritora Myrlla dos Anjos, a dançarina ball room, Ayana e a escritora e cordelista, Ju Dutra.
Arte Preta da Serra nasceu do desejo de ampliar e difundir as múltiplas expressões da arte preta feminina produzida em Campina Grande — um território de serras, histórias e resistências — para o mundo. A visitação é gratuita e aberta ao público.
Os visitantes poderão conhecer mais sobre cada artista e seguir seus trabalhos nas redes sociais, contribuindo para fortalecer os canais e difundir ainda mais a potência dessa arte plural e viva.
Exposição: Arte Preta da Serra
Lançamento: de terça-feira (25) a 25 de dezembro;
Horário: 16h e visitações das 8h às 12h e das 13h às 17h;
Local: Centro Cultural Lourdes Ramalho (CCLR), Rua Paulino Raposo, S/N, bairro São José, Campina Grande-PB.
Redação com Assessoria


