A Polícia Federal deflagrouhoje (17/11), a Operação Rescue 17, com o objetivo de investigar um suspeito de armazenar e compartilhar imagens e vídeos contendo abuso sexual infantojuvenil. Segundo a operação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Sobrado/PB, expedido pela Justiça Federal.
A investigação teve início a partir de notícia-crime encaminhada pela ONG SAFERNET, em cumprimento ao Termo de Mútua Cooperação Técnica, Científica e Operacional firmado com a Procuradoria da República no Estado de São Paulo, que identificou o possível compartilhamento de arquivos contendo abuso sexual infantojuvenil em grupo público do aplicativo WhatsApp.
A partir dessas informações, equipes especializadas da Polícia Federal em São Paulo e na Paraíba aprofundaram as análises e identificaram dados relacionados aos administradores e participantes do grupo, possibilitando o avanço das diligências e a individualização de usuários investigados.
Durante o cumprimento da ordem judicial, foram apreendidos dispositivos eletrônicos que serão submetidos à perícia criminal federal, destinada a verificar a existência de arquivos contendo abuso sexual infantojuvenil e eventuais evidências de compartilhamento.
Embora o termo “pornografia” ainda seja utilizado em nossa legislação (Estatuto da Criança e do Adolescente) para definir “qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”, a comunidade internacional entende que o mais adequado é referir-se a crimes de “abuso sexual de crianças e adolescentes” ou “violência sexual de crianças e adolescentes”, pois a nomenclatura ajuda a dar dimensão da violência infligida às vítimas desses crimes tão devastadores.
Além disso, a Polícia Federal alerta aos pais e responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar seus filhos no mundo virtual e físico, protegendo-os dos riscos de abusos sexuais. Conversar abertamente sobre os perigos do mundo virtual, explicar como utilizar redes sociais, jogos e aplicativos de forma segura e acompanhar de perto as atividades online dos jovens são medidas essenciais de proteção. Estar atento a mudanças de comportamento, como isolamento repentino ou segredo em relação ao uso do celular e do computador, pode ajudar a identificar situações de risco. É igualmente importante ensinar às crianças e adolescentes como agir diante de contatos inadequados em ambientes virtuais, reforçando que podem e devem procurar ajuda. A prevenção é a maneira mais eficaz de garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes, e a informação continua sendo um instrumento capaz de salvar vidas.
Redação com assessoria da PF


