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O médico urologista Rafael Mourato fez um alerta para os homens que fazem reposição de testosterona, sem orientação médica. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quarta-feira (12), ele destacou que o uso indiscriminado da testosterona ganhou força nas academias e traz riscos à saúde de homens jovens, como infertilidade e problemas na ereção peniana.
O urologista disse, como verificou o ClickPB, que o “homem deve fazer reposição hormonal sempre que a sua glândula, que é o testículo, não conseguir produzir a testosterona de maneira adequada, como tem que ocorrer. Então é possível repor.
Ele alertou sobre o uso indiscriminado da testosterona que ganhou força entre os frequentadores de academias.
“Vale a gente lembrar que existe, hoje em dia, um uso indiscriminado da testosterona que ganhou força nas academias. Homens se automedicando, tomando hormônio para ficar ‘bombadão’, fortão. E óbvio que isso deixa uma estética boa, mas traz repercussões nesses homens jovens”, pontuou.
O urologista destaca que a reposição da testosterona, sem orientação, pode alterar o funcionamento do testículo e a produção de espermatozoide, afetando a fertilidade.
“Na grande maioria das vezes, a partir do momento que você usa testosterona de fora, o seu corpo entende que não precisa mais produzir. Então alguns homens, que fazem reposição durante muito tempo, têm dificuldade de voltar a produzir testosterona. E, naturalmente, o testículo trabalhando mal, sem produzir a testosterona, também não produz espermatozoide. Então alguns desses homens têm problemas de fertilidade”, explicou o médico, como acompanhou o ClickPB.
Há, também, risco de problemas na ereção, segundo mencionou Rafael Mourato.
“Porque, a partir do momento que esse homem para de repor testosterona, que é um hormônio que tem a ver com libido, desejo e ereção, esses níveis caem lá para baixo e ele pode ter dificuldade de ereção”, relatou.
O médico informou que os métodos de reposição de testosterona são variados e lembra que “a eficácia é boa, desde que indicado para o caso correto.”
Ele alerta, ainda, que a testosterona artificial, usada na reposição, “alimenta o câncer”, então “homens que tiveram câncer de próstata, de maneira geral, não devem fazer reposição de testosterona”.
E os homens com testosterona em níveis baixos podem fazer a reposição com acompanhamento médico para evitar o câncer de próstata, já que o baixo nível também é um fator de risco.
O urologista também destaca que hábitos saudáveis podem reduzir o risco de câncer de próstata, principalmente o combate à obesidade, além da atividade física e se alimentar bem. “Isso diminui as chances de uma série de cânceres que podem acometer o homem”, pontuou.
Outro ponto levantado pelo médico é que “homens com histórico na família devem começar aos 45 anos a fazer exames sobre câncer de próstata.”
ClickPB


