Líderes da Europa se reuniram na França, junto de Volodymyr Zelensky, para discutir formas de aliados europeus aumentarem o apoio para a Ucrânia em meio a negociações de paz com a Rússia. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (27/3).
Europa tenta correr por fora
- As negociações de paz entre Rússia e Ucrânia avançaram nas últimas semanas. Sob mediação do governo de Donald Trump, os dois países concordaram em um cessar-fogo contra instalações energéticas, assim como no Mar Negro.
- Apesar disso, a Europa tenta correr por fora para suprir o “vácuo” de assistência deixado pelos EUA, agora governado por Trump.
- Desde que assumiu a presidência norte-americana, Trump não só passou a dar sinalizações negativas para a Ucrânia, como também já fez críticas contra aliados da Europa.
- O futuro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e consequentemente da segurança do continente, é um dos principais assuntos discutidos por lideranças europeias.
- Trump já criticou o papel dos europeus da aliança, por considerar que os EUA colocam mais dinheiro na Otan do que os outros 31 países membros.
De acordo com o governo francês, os participantes da cúpula da “coalizão dos interessados” discutiram o reforço imediato da assistência para a Ucrânia, a implementação e extensão de um cessar-fogo, apoio militar a longo prazo e garantias de segurança para os ucranianos.
A coalizão, que conta com cerca de 30 líderes mundiais, foi idealizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e pelo premiê do Reino Unido, Keir Starmer.
Uma das principais preocupações dos europeus com o avanço do cessar-fogo, não só no atual encontro, é encontrar formas de colocar a Ucrânia em uma situação de força capaz de prevenir e responder a futuros ataques da Rússia.
Para isso, aliados da Europa têm discutido formas de gastar mais com Defesa, e assim disponibilizar maior assistência militar para a Ucrânia. Como a ajuda extra anunciada por Macron na quarta-feira (26/3), na cifra dos 2 bilhões de euros. Antes disso, a União Europeia (UE) já havia prometido 30,6 bilhões de euros para Kiev.
Medida que vai contra os termos de Vladimir Putin durante as negociações de paz. Para o presidente da Rússia, uma condição indispensável para o fim da guerra é a interrupção da ajuda militar zde aliados para o país governado por Zelensky.