Barroso se despediu da presidência do STF. O político Barroso – aquele do “perdeu, mané” e “derrotamos o bolsonarismo” –, em 2024, disse que seu legado seria a “total recivilização do Brasil”. Mas o que ele entregou foi um péssimo legado.
A lava-jato foi sepultada durante seu mandato pelo Dias Toffoli, o inquérito do fim do mundo de Moraes continua a todo vapor, o próprio Barroso defendeu ou relativizou o corporativismo do Judiciário que continuou expandindo salários e privilégios. Uma péssima gestão jurisdicional!
Sob a gestão de Barroso, o Judiciário bateu recorde de despesas em 2024. Ele veio a público e defendeu a expansão de gastos sem fazer nenhuma crítica aos privilégios judiciais. Barroso disse que críticas ao custo do Judiciário são “supervalorizadas”. Para 2026, o STF sob sua gestão aprovou orçamento de R$ 1 bilhão. É uma Corte real!
Se não bastasse, Barroso é o típico positivista que defendeu que o Judiciário “empurre a história” e que o Brasil precisava ser “recivilizado”. Sua arrogância elitista é absoluta: Barroso sabe o que é melhor para os bárbaros brasileiros que discordam dele.
Durante a gestão de Barroso, o STF e o governo Lula cerraram um forte consórcio. Quantas vezes o governo perdeu no Congresso e correu para o tapetão do Supremo? A gestão de Barroso expôs ainda mais o STF a críticas de politização e parcialidade.
Barroso é a máxima expressão do ativismo judicial e da arrogância das elites. Seu legado não “recivilizou” o Brasil. Pelo contrário. Abriu ainda mais as vísceras da polarização em torno do papel do STF e do Judiciário em geral.
Anderson Paz