Começou nesta segunda-feira (22) a greve dos professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A paralisação, aprovada em assembleia realizada na última quinta-feira (18), deve deixar milhares de estudantes sem aulas em todos os campi da instituição. Segundo dados de 2024 do Portal da Transparência da UEPB, a universidade possui cerca de 18.770 estudantes, incluindo graduação, pós-graduação, cursos técnicos e ensino a distância.
De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB), cerca de 70% da categoria aprovou a greve. Entre os principais pontos da pauta estão o pagamento retroativo das progressões funcionais, a necessidade de melhorias nas condições de trabalho e a recomposição do orçamento da universidade.
Segundo a presidente da ADUEPB, professora Elisabete Vale, há turmas sem aulas por falta de professores, além de docentes aprovados em concurso que não foram convocados por restrições orçamentárias.
“As condições de trabalho são muito difíceis, temos turmas sem professores e um cadastro reserva que não foi chamado porque, segundo a gestão, não há orçamento. A recomposição orçamentária é fundamental para garantir o funcionamento pleno da universidade”, afirmou.
Uma reunião entre representantes dos docentes e a Reitoria da UEPB está marcada para a tarde desta segunda-feira (22), dando início às negociações.
Nota da Reitoria
Ainda na semana passada, a Reitoria da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) divulgou nota oficial em que afirma respeitar a decisão da assembleia dos docentes e reconhece o papel do movimento sindical na valorização da educação pública.
“Aguardamos o encaminhamento oficial da pauta de reivindicações pelo comando de greve da ADUEPB para que seja aberta a mesa de diálogos correspondente à deliberação da assembleia. Reafirmamos nossa convicção de que o diálogo institucional com o Governo do Estado e com os sindicatos é o caminho mais consistente e produtivo para o avanço das pautas que envolvem o fortalecimento da Universidade e a valorização de seus profissionais”, diz a nota.
A administração da UEPB ressaltou ainda sua preocupação com os estudantes, destacando que são “a razão de ser da instituição e merecem ter assegurado o direito a uma formação pública, gratuita e de qualidade”.
PB Agora