Uma investigação aberta pela Polícia Civil da Paraíba abriu um indiciamento contra quatro pessoas por envolvimento em um esquema de emissão de diplomas falsos destinado a professores do estado. O golpe teria causado um prejuízo estimado em R$ 2,4 milhões, afetando aproximadamente 90 profissionais da rede pública, segundo as investigações.
De acordo com a apuração, um Centro Educacional é apontado como o principal elo do esquema. Segundo a polícia, os cursos oferecidos aparentavam ser regulares e vinculados a uma universidade do Paraguai, mas os diplomas eram emitidos também em nomes de instituições brasileiras e estrangeiras, sem qualquer reconhecimento legal pelo Ministério da Educação (MEC).
Os indiciados, segundo a Polícia Civil, devem responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato, falsidade documental e propaganda enganosa. Segundo ainda as investigações, os operadores de captação atuavam especialmente no Curimataú paraibano e cidades próximas, abordando professores e convencendo-os a pagar por cursos de mestrado e doutorado. No Espírito Santo, um dos indiciados produzia os diplomas falsos e os enviava para as vítimas.
Alguns professores apresentaram os documentos falsos para obter promoções ou novos cargos, sem saber da irregularidade. Com a descoberta do golpe, várias instituições suspenderam essas promoções e, em casos mais graves, demitiram profissionais que utilizavam os diplomas falsos. Além disso, o esquema prejudicou diversas universidades brasileiras, cujos nomes, selos e logotipos foram usados indevidamente nos diplomas.
Redação