O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse, nesta quarta-feira (27//8), que o projeto de isenção do Imposto de Renda chega “com muita força” ao plenário da Casa, mas prevê que, em ano eleitorall, pode haver uma “tentativa de aumentar a bondade” do pacote por parte de parlamentares. Motta pediu “responsabilidade” aos pares.
O projeto, relatado pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), isenta quem ganha até R$ 5.000 de pagar o imposto e da uma redução parcial no tributo para quem recebe RS 7.350. O parecer do deputado alagoano foi aprovado sem empecilhos na comissão temática, como também no plenário, que avalizou a tramitação em regime de urgência do projeto na semana passada.
“O texto chega ao plenário com muita força, haja vista que nós colocamos a urgência para ser votada na última quinta-feira e todos os partidos foram favoráveis”, declarou Motta durante o painel da Agenda Brasil.
O presidente da Casa Baixa prevê a apresentação de muitas emendas de plenário e destaques que queiram mudar algo desse relatório, “mas, pela construção feita, entendo que tem grandes chances do texto ser mantido em plenário. A política é dinâmica, não estou dizendo que está resolvido, temos uma casa plural e iremos enfrentar destaques”, completou ele.
Apesar dessas “grandes chances”, a votação do texto ainda não foi marcada. Lira disse, antes da urgência ser aprovada, que a apreciação pode ser realizada em setembro, mas não descartou adiar até dezembro.
“Sabemos que, em um momento pré-eleitoral como esse, haverão iniciativas para aumentar a ‘bondade’ do pacote, com certeza, mas penso que a Câmara terá responsabilidade para podermos conceder essa isenção para ganha R$ 5 mil e a parcial para quem ganha até R$ 7.350, ampliada pela comissão”, declarou Motta.
Trata-se de um projeto prioritário para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que o tema foi uma das principais promessas de campanha do petista em 2022.