A partir desta terça-feira, 22 de julho, o Hospital Antônio Targino deixou de atender os beneficiários da Unimed Campina Grande. A decisão, tomada de forma unilateral pela operadora de saúde, causou surpresa e preocupação entre os profissionais da área e em toda a comunidade campinense. A mesma medida deve atingir os hospitais da Santa Clara, Clipsi e João XXIII, que também já foram notificados da decisão do descredenciamento. A decisão deverá afetar cerca de 500 postos de trabalho ligados diretamente a rede privada de saúde hospitalar em Campina Grande.
Com o fim do convênio, o hospital iniciou um processo de readequação interna que inclui a demissão de aproximadamente 90 funcionários. Técnicos, enfermeiros, administrativos e trabalhadores de apoio estão entre os profissionais atingidos. A medida foi necessária para ajustar a estrutura operacional à nova realidade, após a perda de um dos principais convênios da instituição.
O impacto da decisão vai além dos muros do hospital. A demissão em massa atinge diretamente dezenas de famílias que agora enfrentam a incerteza do desemprego, e também afeta a economia local, reduzindo o fluxo de consumo e serviços em Campina Grande.
A equipe de reportagem procurou a direção do Hospital Antônio Targino para comentar a decisão da Unimed, mas, até o fechamento desta edição, os gestores preferiram não se pronunciar sobre o ocorrido.
O encerramento do atendimento representa uma perda significativa para os beneficiários da Unimed, que passam a contar com menos opções de referência em saúde privada na cidade, especialmente em casos de urgência e procedimentos de alta complexidade.
Enquanto pacientes tentam entender os próximos passos e colaboradores vivem a apreensão do desligamento, o episódio acende um alerta sobre as consequências sociais e econômicas de decisões administrativas que, embora técnicas, carregam profundos reflexos na vida de milhares de pessoas.