O secretário de Saúde de João Pessoa, Luis Ferreira Filho, voltou a comentar sobre as críticas recebidas pela atual gestão municipal por não ter construído novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) durante os primeiros anos de mandato. Em entrevista recente, ele explicou que a prioridade da Prefeitura foi reestruturar a rede existente, que, segundo ele, foi encontrada em estado de “calamidade”.
“Nós não construímos inicialmente porque não iríamos fazer piscinas em casas com o teto caindo. Encontramos praticamente todos os prédios da saúde municipal em situação precária, sem condições mínimas de atendimento à população. A decisão do prefeito Cícero Lucena foi clara: antes de construir qualquer coisa nova, era preciso consertar o que já existia. E eu tenho muito orgulho dessa escolha”, afirmou.
Luis Ferreira detalhou que a Secretaria de Saúde dispõe de um orçamento anual de cerca de R$ 20 milhões destinados exclusivamente à reforma e modernização das unidades. Segundo ele, com esse mesmo valor seria possível construir uma UPA e um PSF por ano, “e colocar o nome na porta”, mas a gestão optou por uma solução mais responsável.
“Até agora, já reformamos 81 prédios da rede municipal. E quando digo reforma, não é pintura e troca de lâmpada. Estamos falando de reestruturação completa: salas climatizadas, troca de telhado, piso novo, acessibilidade, tecnologia implementada. A rede da saúde tem cerca de 120 prédios e estamos muito perto de requalificar todos”, acrescentou.
Com a base estruturada, o secretário afirmou que a gestão passou a avançar também na construção de novas unidades. “O prefeito já entregou cinco novas unidades básicas de saúde, vai entregar mais duas agora no dia 5, o CER IV — que é um equipamento de reabilitação robusto, semelhante ao da Funad — e um novo Centro de Especialidades Odontológicas (CEL), no bairro de Jaguaribe. Agora que ajeitamos a casa, começamos a ampliar com seriedade”, disse.
A declaração do secretário reforça o discurso da gestão Cícero Lucena de que as ações seguem uma lógica de responsabilidade e priorização da infraestrutura já existente, antes de ampliar a rede. “A gente fez o que qualquer um faria se estivesse gerindo um negócio próprio. Primeiro, ajeita. Depois, expande”, concluiu.