PSB do governador João Azevêdo aparece como possível destino
Pelo menos três deputados estaduais — Branco Mendes, Michel Henrique e Bosco Carneiro — estariam avaliando deixar os quadros do Republicanos na Paraíba até o fechamento da janela partidária. A informação, ainda de bastidores, aponta que a alta concorrência interna, que ameaça suas chances de reeleição, é um dos motivos.
Atualmente, o Republicanos, comandado na Paraíba pelo deputado federal Hugo Motta e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, ostenta números robustos. A legenda abriga a maior bancada tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara dos Deputados, além de ocupar cargos de destaque nas duas Casas. Recentemente, o partido tem reforçado sua imagem de força política ao anunciar possíveis novas adesões.
A grandiosidade da sigla, no entanto, parece ter assustado alguns de seus filiados. Nos corredores da Assembleia, o clima entre alguns parlamentares é de avaliação. Há quem diga que o partido virou “palco para poucos”.
O deputado Bosco Carneiro, por exemplo, frisou nessa terça-feira (03) que, apesar de manter uma boa relação com a legenda e com os colegas de bancada, poderá buscar uma nova sigla, caso não enxergue competitividade suficiente na atual formação do partido.
“Estou, graças a Deus, muito bem no Republicanos. Tenho um ótimo relacionamento com todos os deputados da legenda. Mas, essa possibilidade para o próximo ano precisa ser avaliada dentro do quadro geral. Como pré-candidato, minha intenção é permanecer no partido, mas preciso analisar a competitividade, porque o Brejo precisa continuar tendo representação na Assembleia”, afirmou, complementando:
“Se não houver possibilidade de disputar em pé de igualdade e com competitividade, de acordo com minhas limitações, terei que buscar uma legenda que propicie nossa reeleição”.
As articulações para mudança de sigla ainda são mantidas sob discrição, mas interlocutores garantem que o trio de deputados já iniciou conversas com legendas da base aliada do governador João Azevêdo. O PSB, partido do chefe do Executivo estadual, é um dos mais cotados como possível destino. A migração, caso se confirme, reforçaria o bloco governista e abriria uma nova dinâmica para a formação das chapas proporcionais em 2026.
Apesar dos movimentos silenciosos, a expectativa é de que as definições ocorram apenas coma janela partidária. Até lá, o Republicanos deve tentar estancar a possível debandada.
PB Agora