A Venezuela anunciou, nessa quarta-feira (21/5), que fará uma eleição na região de Essequibo, território da Guiana reivindicado pelo governo de Nicolás Maduro. O pleito será para eleger um governador e oito deputados. As eleições estão previstas para 25 de maio.
A Guiana, inclusive, solicitou proteção à Corte Internacional de Justiça (CIJ), órgão jurisdicional da Organização das Nações Unidas (ONU), em março deste ano, depois que a Venezuela convocou eleições para governador na região, área que se tornou alvo de desentedimentos entre os dois países.
A eleição ocorrerá um ano depois de o presidente venezuelano promulgar a “Lei Orgânica para a Defesa de Essequibo”, que transforma a região em uma província da Venezuela. Essequibo é internacionalmente reconhecido como parte da Guiana e rico em petróleo.
“É inabalável a nossa vontade de recuperar os direitos históricos, territoriais e para além da Guiana Essequiba”, destacou Maduro.
Apesar de a eleição ser para escolher líderes, da região, ninguém do próprio Essequibo poderá participar. Os centros de votação estarão no estado fronteiriço de Bolívar. Está a primeira vez que a Venezuela pretende eleger autoridades para esse território de 160.000 km².
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, classificou como uma “ameaça direta” a eleição organizada pela Venezuela na região. Ali declarou que a iniciativa venezuelana viola a soberania da Guiana e compromete a estabilidade regional.