O grupo Jama’at nasr al-Islam wal Muslimin (JNIM), filiado à Al-Qaeda, diz ter matado 200 militares de Burkina Faso durante uma ofensiva contra forças locais do país, governado por uma junta militar liderada por Ibrahim Traoré desde 2022. Os ataques aconteceram no último dia 11 de maio, na cidade de Djibo.
Além disso, o Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (em tradução livre), diz ter capturado quatro veículos e mais de duzentos rifles das forças burquinenses. Até o momento, o governo local, sob o domínio de uma junta militar liderada pelo capitão Traoré, ainda não se manifestou sobre o incidente.
Ainda não está claro se combatentes do JNIM controlam partes de Djibo após a ofensiva. Há alguns anos, a cidade já havia sido alvo do grupo que se declara o braço da Al-Qaeda na região.
Desde o início da década de 2010, Burkina Faso enfrenta uma onda de violência provocada por grupos terroristas que migraram para região após derrotas no Oriente Médio, como o Estado Islâmico (ISIS). O fenômeno também atingiu outras países da região, fazendo do continente africano o atual berço de organizações extremistas.
Segundo o último relatório Global Terrorism Index, divulgado pelo Instituto para Economia e Paz, Burkina Faso é atualmente o país mais afetado pelo terrorismo ao redor do mundo.