A Justiça de Santa Catarina tornou ré Jaqueline Santos Ludovico, acusada de fraude eletrônica que teria causado um prejuízo de R$ 200 mil a uma empresa automotiva em Tubarão, cidade a 143 km de Florianópolis. Ela já enfrenta processos em São Paulo por injúria, lesão corporal e ameaça, além de ter sido presa por atropelamento.
A denúncia foi apresentada no dia 30 de janeiro pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Tubarão, do Ministério Público de Santa Catarina, conforme informações da Folha de S.Paulo. A ação menciona a empresa JSL Marketing e Assessoria Ltda, de propriedade de Ludovico.
Segundo a acusação, em 2021, Viviane Vicente contratou os serviços da empresa para realizar anúncios na internet para a Retífica de Motores Master. No entanto, após várias transferências via Pix, que totalizaram R$ 200.262,36, a cliente teria sido vítima de um golpe.
A promotoria afirma que Ludovico entrou em contato com Viviane oferecendo serviços de publicidade, que foram contratados em 24 de setembro de 2021 pelo valor de R$ 339 mensais via débito em conta. Entretanto, até novembro de 2021, nenhum valor foi debitado.
“Então, dias depois, um suposto representante de cartório de notas e protesto do estado de São Paulo entrou em contato com a vítima informando que os valores do serviço contratado haviam sido alvo de protesto naquele ofício, solicitando o pagamento da quantia respectiva para quitação sob pena de graves prejuízos para a empresa”, diz o texto.
A denúncia detalha uma série de depósitos feitos por Viviane entre os dias 4 e 24 de novembro. O promotor sustenta que Ludovico obteve vantagem ilícita ao induzir a vítima ao erro, utilizando informações fornecidas por ela.
O caso foi aceito pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Tubarão, que concedeu um prazo de dez dias para a apresentação da defesa. A pena para fraude eletrônica pode chegar a oito anos de prisão, além de multa. O promotor estipulou o valor mínimo da indenização em R$ 200 mil, quantia que a vítima teria perdido.
Agressão a casal gay
Em fevereiro de 2024, Jaqueline Ludovico foi indiciada por injúria e agressão contra um casal gay dentro de uma padaria no centro de São Paulo. Vídeos publicados por Rafael Gonzaga, que estava ao lado do namorado Adrian Grasson Filho, mostram Ludovico utilizando termos homofóbicos.
A confusão teria começado após um desentendimento no estacionamento. Durante a discussão, Ludovico afirmou que “era de família tradicional” e que “teve educação”. “Sou mais mulher do que você. Sou mais macho que você”, disse ela em um dos vídeos. “Os valores estão sendo invertidos. Eu sou de família tradicional. Eu tenho educação. Diferença dessa porra aí.”
Enquanto os rapazes gravavam e avisavam que a polícia estava a caminho, Ludovico declarou: “Eu sou branca. Olha lá a hipocrisia. Vamos lá, chama a polícia. Vamos ver quem vai preso aqui.”
Na época, a defesa da empresária classificou a repercussão do caso como “exagerada e parcial”, criticando a forma como foi divulgado na internet e na imprensa.
Já em junho de 2024, Ludovico foi presa em flagrante após atropelar um homem e fugir do local. O boletim de ocorrência aponta que ela dirigia pela Avenida Francisco Matarazzo, na Zona Oeste de São Paulo, quando atingiu a vítima e não prestou socorro.
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