O Senado Federal aprovou nesta sexta-feira (20), por 42 a 31, o projeto de lei do governo, que restringe o aumento real do salário mínimo a, no máximo, 2,5% ao ano. O texto também endurece regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e obriga beneficiários de programas sociais a realizarem cadastro biométrico.

A proposta, parte do ajuste fiscal do governo, segue agora para sanção presidencial. O relator, senador Rogério Carvalho (PT-SE), manteve o texto aprovado pela Câmara.

Os senadores paraibanos Daniella Ribeiro (PSD) , Efraim Filho (União Brasil) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB), votaram a favor do projeto de lei.

Mudanças no salário mínimo

A nova regra limita o crescimento real do salário mínimo ao teto de 2,5% ao ano, atrelado ao aumento das despesas públicas dentro do arcabouço fiscal. O reajuste mínimo será de 0,6%, garantindo sempre aumento acima da inflação.

Benefício de Prestação Continuada

O texto endurece critérios de acesso ao BPC, mas exclui mudanças mais restritivas enviadas pelo governo, como a exclusão de beneficiários com deficiência leve. Há compromisso do governo em vetar trechos que restringem o benefício a deficiências moderadas ou graves.

Cadastro biométrico

A biometria será obrigatória para beneficiários de programas sociais, como Bolsa Família, salvo em áreas remotas ou em casos excepcionais.

Impacto financeiro

O governo estima economia de R$ 109,8 bilhões entre 2025 e 2030 com as mudanças, impactando principalmente aposentados e beneficiários vinculados ao salário mínimo.

O projeto também altera regras do Bolsa Família e do Proagro, reforçando controles e limitando despesas.