A disputa entre os partidos MDB e PSD pelo futuro do PSDB se intensificou nos últimos meses, e o destino dos tucanos deve ser selado em março. Após perder espaço no cenário político para a extrema-direita, o PSDB caminha para desaparecer ao ser incorporado por uma das duas legendas que disputam sua estrutura.
Segundo Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o movimento faz parte de uma estratégia para fortalecer as bancadas na Câmara dos Deputados e aumentar o acesso ao fundo partidário, tornando o partido um ativo cobiçado.
O presidente do PSDB, Marconi Perillo, tem liderado as negociações e já se reuniu tanto com Gilberto Kassab, do PSD, quanto com Michel Temer e Baleia Rossi, do MDB. Aécio Neves, apontado como um dos responsáveis pelo enfraquecimento da sigla após a derrota nas eleições de 2014, também é entusiasta da junção do partido.
Outros caciques políticos, como Helder Barbalho, Moreira Franco e Romero Jucá, também participaram das discussões. “A noiva é bonita e está sendo disputada”, afirmou um interlocutor próximo das conversas, destacando a importância do PSDB na composição política nacional.
A decisão é aguardada com ansiedade por deputados, senadores e governadores tucanos, que temem uma debandada caso o impasse se prolongue.
O enfraquecimento do PSDB nas últimas eleições acelerou a necessidade de uma definição, e a fusão com outra legenda aparece como a solução mais viável. Apesar das resistências internas, Perillo já admitiu que é “difícil uma outra solução” além da incorporação ao MDB ou ao PSD.
Uma alternativa para manter o nome do PSDB seria a ampliação da federação partidária da qual já faz parte. No entanto, essa possibilidade é considerada remota. Assim, o destino tucano parece inevitável: em poucos meses, um dos partidos mais emblemáticos da política brasileira pode deixar de existir oficialmente.
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