A obra da nova sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), tem sido alvo de polêmica após surgir a informação de que o engenheiro responsável pelo projeto também atua em empreendimentos privados ligados ao secretário-geral da instituição, Rodrigo Farias. O caso levanta questionamentos sobre um possível conflito de interesses e a transparência na condução do projeto por parte da gestão de Harrison Targino, que atualmente está à frente do órgão.
Segundo denúncias, a empresa contratada para executar a construção da nova sede da OAB-PB é a mesma envolvida em obras de um shopping Parahyba Mall de propriedade de Rodrigo Farias, atual secretário da OAB e candidato a Presidência da Caixa, e seu irmão.
Essa relação tem gerado suspeitas sobre a independência do processo de escolha da construtora Technobra e o possível favorecimento de interesses particulares em uma obra de caráter institucional.
Fontes próximas ao caso apontam que não houve ampla divulgação do processo seletivo para a contratação do engenheiro, o que levanta dúvidas sobre a isenção dos critérios utilizados. Além disso, advogados têm se manifestado nas redes sociais cobrando explicações da diretoria da OAB-PB sobre a situação.
Advogados de diferentes partes do estado demonstraram preocupação com a falta de transparência no gerenciamento da obra. “A OAB deve ser um exemplo de ética e clareza em suas ações, principalmente em projetos de grande relevância para a advocacia”, afirmou um advogado que preferiu não se identificar.
Outros profissionais da classe destacaram que a possível sobreposição de interesses pode comprometer a imagem da instituição e a confiança depositada pela advocacia paraibana na atual gestão. “Esse caso precisa ser esclarecido, e medidas devem ser tomadas se houver qualquer indício de irregularidade”, reforçou uma advogada atuante em João Pessoa.
Especialistas destacam que situações como essa reforçam a necessidade de mecanismos mais rígidos de controle interno em entidades de classe, principalmente na gestão de recursos e na escolha de fornecedores para projetos institucionais.
A revelação surge em um momento delicado, às vésperas da eleição para a presidência da OAB-PB. O episódio pode influenciar a decisão dos eleitores, já que a gestão atual tem sido questionada por parte da advocacia paraibana, que busca maior transparência e independência nas ações institucionais.
A expectativa agora recai sobre um posicionamento oficial da diretoria da OAB-PB e a apuração detalhada do caso para assegurar que a gestão da entidade esteja alinhada aos princípios éticos que defende.
Obra custará aproximadamente R$ 20 milhões. Confira confirmações de pagamento à empresa: