Os forrozeiros Amazan e Capilé comentaram na noite desta segunda-feira (8), em entrevista, o que representa o cantor Biliu de Campina para a música e a cultura paraibana. O artista faleceu durante a tarde de hoje no Hospital de Trauma de Campina onde estava internado desde o dia 24 de junho quando sofreu uma queda.
Capilé e Amazan, que conviveram com Biliu, destacaram que a “resistência” é um dos grandes legados pelo qual o artista será lembrado. Seguidor de Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, Biliu era um dos grandes defensores da cultura raiz.
“Ele defendia o nosso forró pé e cabeça de serra, como chamava, mostrando sempre o caminho do forró, do swing e da gente não perder essa essência. Então, é esse o grande defensor na nossa raiz e da nossa musica”, argumentou Capilé.
Amazan lembra que Biliu de Campina tinha comportamento forte e posições firmes sobre suas convicções artistas. Entretanto, apesar de ter suas opiniões, sabia respeitar pensamentos divergentes.
Sobre suas veias artísticas, Amazan garante que Biliu deixa uma grande escola para a música. “Era, acima de tudo, uma escola de ritmo, afinação e conhecimento. Biliu era uma enciclopédia. Em se falando de forró, ele dava aula onde quer que fosse”, observou.
Morte de Biliu
O cantor Severino Xavier de Sousa, mais conhecido como Biliu de Campina, morreu, na tarde desta segunda-feira (8), aos 75 anos. Ele estava internado no Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, de Campina Grande.
O músico foi hospitalizado no dia 24 de junho, após sofrer uma queda da própria altura em sua residência. Na ocasião, o artista apresentou pico de pressão, má articulação das palavras e desorientação.
O artista passou por um procedimento cirúrgico de Craniectomia Descompressiva na última quinta-feira (27) e permaneceu entubado em ventilação mecânica. Biliu apresentou quadro grave e, nos últimos dias, a equipe médica avaliava reduzir a sedação utilizada no paciente.
A assessoria do artista confirmou que o velório deve ocorrer no Teatro Municipal de Campina Grande. O horário de início depende da liberação do corpo por parte do hospital e funerária.
Mais PB