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Paraibano é demitido da seleção feminina de basquete após postagens contra o aborto

Diego Falcão, ex-preparador físico da seleção brasileira de basquete — Foto: Reprodução O preparador físico Diego Falcão não prestará mais serviços à seleção brasileira feminina de basquete depois de ter feito uma série de publicaç

Por chicolobo

24/06/2024 12h50 Atualizado recentemente

Diego Falcão, ex-preparador físico da seleção brasileira de basquete — Foto: Reprodução

O preparador físico Diego Falcão não prestará mais serviços à seleção brasileira feminina de basquete depois de ter feito uma série de publicações contrárias ao aborto, inclusive em caso de estupro.

O paraibano foi dispensado pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete) após pedido do grupo de jogadoras. Ele foi informado de sua dispensa em projetos futuros. Falcão não era um funcionário da entidade, portanto não tinha vínculo e prestava serviço durante as convocações da seleção feminina. Mas agora não será mais chamado.

 

 

A reportagem do UOL apurou que a entidade tomou a decisão não pelo preparador ter manifestado sua opinião, e sim por ter criado um “clima insustentável”. Ele vinha trabalhando nos projetos da equipe desde 2019, quando José Neto assumiu como treinador, e participou da conquista do bicampeonato nos Jogos Pan-Americanos. Toda a comissão técnica da seleção é paga pelo COB nos períodos de treinos e competições, quando atua com as jogadora

As postagens do preparador causaram uma “quebra de confiança” com as atletas da seleção. As jogadoras pediram à direção do feminino a saída de Falcão, que não será mais parte da equipe técnica nas próximas convocações.


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Algumas delas fizeram críticas públicas ao posicionamento de Falcão. Nas redes sociais, o profissional compartilhou mensagens de cunho religioso e contrárias ao aborto, inclusive em caso de estupro.

“É inaceitável que um profissional que trabalha com o feminino demonstre esse tipo de posicionamento nas redes sociais. O estupro é um crime grave e é fundamental que as mulheres tenham o direito de decidir e expressar sua opinião sobre isso”, diz Damiris Dantas.

“Uma coisa que fica muito difícil de engolir é que o post não estava falando sobre vida, mas sobre morte psicológica através de uma violência, que é o estupro. Morte psicológica pensando nas que sobrevivem, porque muitas morrem. É triste porque é difícil entender que tem pessoas desse tipo trabalhando com o basquete feminino”, comentou Clarissa dos Santos.

A CBB não irá se manifestar sobre o caso. Na próxima convocação, um outro preparador físico será chamado no lugar de Falcão. A seleção feminina não se classificou para os Jogos Olímpicos de Paris e voltará à quadra somente em agosto, no pré-classificatório para a Copa do Mundo da modalidade, em 2026.

Em suas redes sociais, neste domingo (23), Diego Falcão publicou um agradecimento pelas mensagens de apoio que receber e disse que irá se manifestar em breve.

GE

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